Bolsa e Tesouro Direto alcançam juntos marca de 1 milhão de investidores

Em meio a taxas de juros mais baixas e mercado de ações em alta, mês de abril registrou dois recordes para o mercado financeiro

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O mês de abril ainda não terminou, mas já está se consolidando como um período de recordes relevantes para o mercado financeiro. Além de caminhar para a marca do primeiro milhão de investidores pessoas físicas na Bolsa, o mês consagrou o alcance do mesmo número no Tesouro Direto, programa do governo federal que possibilita a negociação de títulos públicos pela internet.

Apesar de o balanço de abril ainda não ter sido divulgado, o Tesouro Nacional antecipou pelo Twitter a conquista do primeiro milhão de investidores ativos. Até março, as pessoas físicas somavam cerca de 950 mil pessoas, um aumento de 61% nos últimos 12 meses. O estoque total do programa, por sua vez, chegava a quase R$ 60 bilhões.

Segundo Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional, a intensa divulgação, a educação financeira e a redução dos custos do programa ajudam a explicar o sucesso do Tesouro Direto. “O produto tem crescido muito e se tornado cada vez mais competitivo”, publicou na rede social.

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Considerado a porta de entrada do investidor que sai da poupança por conta de sua facilidade, liquidez e segurança, o Tesouro Direto tem visto sua base aumentar consideravelmente nos últimos meses, com o ingresso mensal de 50 mil novos investidores ativos. Apenas nos três primeiros meses de 2019, o número total de pessoas físicas cresceu em 163,5 mil, acima dos 158 mil “novatos” dos dez primeiros meses do ano passado.

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Em um ambiente de juros baixos, o investidor, que antes conseguia retornos expressivos só por estar com dinheiro alocado na renda fixa, hoje precisa se movimentar cada vez mais se quiser maior rentabilidade. E na procura pela diversificação, encontra produtos mais conservadores, como o Tesouro Direto, e mais arriscados, como ações, nas quais espera conseguir retornos superiores.

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1 milhão também na Bolsa

Na busca por maiores rentabilidades, muitos investidores estão começando a desbravar o universo da renda variável. Isso porque, além da queda nas taxas de juros, um quadro positivo para o mercado de ações, com alta de 122% do Ibovespa desde o início de 2016 até hoje, tem contribuído para o aumento do número de CPFs na Bolsa. Em março de 2019, último mês com dados disponíveis, o número de investidores pessoa física na B3 somava 982.721 pessoas.

Apesar de a marca de 1 milhão a ser conquistada em abril ser digna de comemoração, o número de pessoas físicas investindo diretamente na Bolsa (para além dos fundos de investimento) ainda é bastante tímido. O InfoMoney explicou  por que esse número é baixo quando comparado com os mercados de outras economias e por que ainda é cedo para comemorar. Para ler a reportagem, clique aqui.