Anbima: apesar de resgates na indústria de fundos em março, ações captam R$ 8,3 bilhões

Saídas de carteiras de renda fixa e multimercados puxaram o desempenho da indústria no mês; trimestre fechou com saldo positivo

Lucas Bombana

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SÃO PAULO – Os fundos de investimento registraram resgates líquidos de R$ 31,2 bilhões em março, em um movimento puxado pelas saídas de R$ 42,8 bilhões e R$ 5,08 bilhões dos segmentos de renda fixa e multimercados, respectivamente. Também contribuíram para o resultado os fundos previdenciários, que perderam R$ 2,9 bilhões no mês passado.

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Por outro lado, mesmo com toda a volatilidade que atingiu a bolsa brasileira em março, os investidores não se retraíram. Pelo contrário. No período, a classe de renda variável registrou captação líquida de R$ 8,3 bilhões, com o melhor desempenho dentre as opções disponíveis na indústria de fundos local. Também tiveram boa demanda ao longo das últimas semanas os ETFs, com entradas líquidas de R$ 5,2 bilhões, e os FIDCs, que receberam R$ 4,9 bilhões.

No acumulado do primeiro trimestre, os fundos têm captação líquida de R$ 6,8 bilhões, com uma liderança folgada da renda variável, que amealhou R$ 44,9 bilhões. Em seguida aparecem os multimercados, com aportes líquidos de R$ 14,3 bilhões, e os ETFs, com R$ 9,2 bilhões.

Na outra ponta, com a Selic na mínima de 3,75%, de janeiro a março os fundos de renda fixa tiveram resgates da ordem de R$ 63,5 bilhões. Dentre as demais categorias, apenas os FIDCs também acumulam saídas nos três primeiros meses do ano, de R$ 3,6 bilhões.

Rentabilidade

No que tange aos retornos dos fundos, dentre os de ações, nenhuma categoria conseguiu escapar do campo negativo, dada a desvalorização de quase 30% do Ibovespa em março. As small caps foram as mais penalizadas pelos investidores, com uma baixa da ordem de 35% das carteiras no período.

Entre os multimercados, as maiores perdas, de 11,17%, se concentraram nos tipos “long and short direcional”, enquanto os de capital protegido triscaram o território positivo, com uma queda de 0,36%.

Na renda fixa, a maior baixa ficou com os fundos de longo prazo voltados para papéis soberanos, que caíram 3,98% em março. Já aqueles que apostaram em títulos da dívida externa se deram muito bem, levando para casa uma valorização de 12,23% no mês passado.

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