As “Black Fridays” e “Black Fraudes” da Bovespa, segundo 10 grandes investidores

O InfoMoney conversou com gestores de fundos de investimentos que apontaram as "pechinchas" e as "pegadinhas" na bolsa hoje

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Não se fala em outra coisa que não seja “Black Friday” nesta sexta-feira (23). E parece que o clima de ‘aproveite a promoção’ que invadiu o varejo brasileiro chegou ao mercado de ações: até às 16h desta sexta, 9 das 65 ações do Ibovespa estão caindo mais de 5% – sendo 3 delas com queda superior a 9%.

Mas quais papéis que estão dignos de promoção de ‘Black Friday’ e quais que poderíamos chamar de ‘Black Fraude’ – a famosa “metade do dobro do preço”?

O InfoMoney conversou com 10 grandes gestores de fundos de ações para saber quais as pechinchas e quais as falsas promoções da bolsa. Ao todo, tivemos 19 ações em Black Friday e 12 em Black Fraude. Confira as mais citadas:

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Black Friday

A ação mais citada como em “Black Friday” foi a Petrobras (PETR4). A estatal está passando por um curto prazo duro na bolsa (5% de queda na semana, 11% no mês), acompanhando a derrocada da queda do petróleo. Para os gestores, o valor agregado na venda dos ativos da companhia compensará essa queda no preço do barril da commodity.

Além disso, dois grandes eventos vão ajudar a empresa: a agenda de privatizações proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) e o avanço da cessão onerosa, que pode gerar uma arrecadação de até R$ 100 bilhões ao governo.

Em seguida no ranking de promoções da bolsa, aparecem Cemig (CMIG4) e Magazine Luiza (MGLU3).

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Enquanto a primeira deve se beneficiar com a privatização proposta pelo governador eleito Romeu Zema (Novo) e com o cenário de juros baixos (companhia está endividada), a segunda deve continuar surpreendendo positivamente os investidores mesmo após a alta de mais de 100% em 2018 e de 7.600% desde 2016.

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Black Fraude

No ranking das “pegadinhas” do Ibovespa, a unanimidade foi Cielo (CIEL3) que, embora tenha caído muito na bolsa (recua 57,09% em 2018), está longe de ser uma “pechincha”.

A empresa, que antes dominava o mercado de maquininhas, está vivendo seu “inferno astral”, marcado pelo aumento da concorrência, perda de participação no mercado e por uma política agressiva de preços do novo CEO, fazendo com que a empresa troque margem por market share.

Embora seja considerada uma “Black Fraude”, a Cielo entrou ainda mais forte na guerra das maquininhas na última quinta-feira (22) ao cortar o preço da “Stelo Mini”, tornando-a a mais barata do mercado, com valor de 12x de R$ 1,90.

“A guerra de preços na indústria continua e certamente não é boa notícia. Nós não vemos sinais de descontos pesados esfriando no curto prazo”, escreve o BTG Pactual.

Kroton (KROT3) é outra das “pegadinhas” citadas pelos entrevistados. O papel acumula queda de 40,24% no ano, mas também não caiu a ponto de ser considerado barato.

Em um cenário sem Fies, o desafio da companhia agora é mostrar que consegue andar sozinha. Vale lembrar que tanto Kroton quanto Estácio foram as empresas que mais subiram na bolsa na Era Dilma, quando o Fies provocou um aumento na demanda pelo ensino superior.

Completam a lista a BRF (BRFS3) e a Via Varejo (VVAR11). Assim como Kroton, a antiga Brasil Foods cai 40,49% neste ano, mas essa queda não é vista como oportunidade de compra.

Segundo os gestores, os fundamentos permanecem ruins e a melhora não deve ser vista no curto prazo. É aquela velha história de que são necessárias mudanças na companhia, mas que elas não dependem somente de Pedro Parente.

No caso de Via Varejo, muitos gestores acreditam que a companhia poderia ser a galinha dos ovos de ouro, como Magazine Luiza, mas após reportar um prejuízo de R$ 79 milhões no terceiro trimestre, mostrou que ainda não conseguiu implementar com sucesso seu novo sistema de vendas, mais tecnológico e competitivo.

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