Transferência de Custódia: como migrar ações para se livrar da corretagem

A taxa de corretagem cobrada pelos bancos faz com que o investidor perca grande parte de seu capital investido.

Equipe InfoMoney

SÃO PAULO – Não é novidade que manter o dinheiro nos bancos é uma péssima estratégia para os investidores: uma reportagem do InfoMoney deste mês mostrou que 1,4 milhão de brasileiros aplica seu dinheiro em investimentos que dão mais lucro para os bancos do que para si mesmas.

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Esse número se aplica somente aos fundos DI e de curto prazo, mas isso não significa que os demais investimentos oferecidos pelos bancos são vantajosos para os clientes – muito pelo contrário.

No geral, os produtos oferecidos atendem às necessidades do próprio banco e oferecem rentabilidade baixa para o cliente, além de cobrança de taxas e exigência alta de investimento mínimo.

O mesmo vale para o investimento em ações. As corretoras de investimentos dos grandes bancos cobram, além das taxas padrão de liquidação, emolumentos e impostos (ISS/PIS/Cofins), a taxa de corretagem — que chega a ser de R$ 20 por ordem, no caso do Banco do Brasil, por exemplo.

E mais: em algumas instituições, essa taxa varia de acordo com o valor da ordem. O próprio Banco do Brasil cobra R$ 20 para ordens de até R$ 100.000; se o valor excede esse limite, são cobrados R$ 20 a cada múltiplo de R$ 100 mil ou fração do volume financeiro negociado.

A cobrança está relacionada à intermediação do envio de uma ordem para a Bolsa de valores e tem grande impacto no lucro do investidor, visto que ele perde parte do capital investido no pagamento da taxa, ainda mais quando a taxa é variável.

Os bancos também costumam cobrar taxa de custódia, que também pode ser fixa ou variável. No Itaú, a taxa cobrada é fixa de R$ 15,80 ao mês, enquanto no Santander e no Banco do Brasil ela é variável e chega a 0,0130% ao mês.

No entanto, existem corretoras como a XP, Rico e Clear, que não cobram taxa de custódia. Além disso, a Clear anunciou na última semana a taxa zero de corretagem para investimento em ações.

E o melhor é que se você migrar de corretora não precisa vender as ações para recomprá-las: o processo para transferir a custódia para outra corretora é simples e rápido.

Confira, a seguir, o passo-a-passo para fazer a transferência de custódia sem custo.

1- Abra uma conta na corretora em que deseja investir seu dinheiro.

2- Faça o download do documento de Solicitação de Transferência de Valores Mobiliários.
Cada corretora disponibiliza o seu e ele deve ser baixado no site da instituição. Ele deverá ser preenchido com informações sobre a conta na corretora de origem (cedente) e a conta da corretora de destino (cessionário) e os ativos a serem transferidas, especificando a sigla da ação, o tipo, quantidade e preço de custo.

3- Uma vez que o preenchimento é finalizado, o investidor deverá fazer o reconhecimento de firma por autenticidade em cartório. É importante apontar que a conta na nova corretora é da mesma titularidade.

4- Consulte sua corretora de origem para saber como o documento de solicitação deverá ser enviado à nova corretora. Uma vez que ele for enviado, basta esperar o procedimento ser finalizado.

Vale ressaltar que não há cobrança de imposto de renda e nem de corretagem, já que o investidor não está se desfazendo das ações.

Além disso, dividendos e juros sobre capital próprio que já tenham sido pagos pelas empresas em que investe não são transferidos automaticamente para a nova corretora — sua transferência também terá que se solicitada.

A hora de investir em ações é agora: abra sua conta na Clear com taxa ZERO de corretagem!