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SÃO PAULO – A equipe de análise do BTG Pactual elevou a recomendação das ações da Raia Drogasil (RADL3) para compra ao avaliar que a empresa tem “fundamentos sólidos”. Para o banco, o recente sell-off pelo qual os papéis passaram abriram um ponto de entrada “interessante” para investidores de longo prazo. Os papéis acumulam queda de 2,66% neste ano.
O preço-alvo das ações para o fim de 2017 foi estimado em R$ 74 pelo BTG, valor 24,6% acima do fechamento na quarta-feira (29). O banco destaca que o papel vem sendo negociado cerca de 20% abaixo do seu pico em outubro de 2016.
Além disso, os ventos contrários de curto prazo para o setor não representam grande risco para o investimento, embora os analistas prevejam impacto negativo nas vendas nas mesmas lojas diante do reajuste menor esperado para os preços de medicamentos neste ano.
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Cerca de 70% do portfólio da Raia Drogasil deve ser atingido pelos reajustes. Com o elevado poder de barganha da empresa junto aos laboratórios, a maturação das novas lojas e os menores descontos aos consumidores, a margem bruta da empresa deve ser impactada em apenas 0,50 ponto percentual (pp) em 2017 devido à resiliência dos negócios da empresa.
A estratégia recente da companhia de revisitar a marca Farmasil – voltada para o segmento de baixa renda e com maior penetração de remédios genéricos – acrescentou R$ 1,58 ao preço-alvo da Raia Drogasil, segundo o BTG.
“Embora nossa expectativa seja de vendas menores por metro quadrado neste formato, devido ao menor ticket médio, as lojas Farmasil têm margens mais elevadas do que as lojas Raia Drogasil”, explica os analistas.
