Graça Foster e diretores estão de saída: é hora de comprar ou vender Petrobras?

Papéis da Petrobras marcam forte alta nessa semana com a mudança em sua diretoria

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Após três anos na presidência da Petrobras (PETR3, PETR4), Graça Foster renunciou ao seu cargo em meio aos desdobramentos da Operação Lava Jato que deflagrou uma série de irregularidades na companhia. Junto com ela, pediram demissão outros cinco diretores da estatal e, desde o fechamento de segunda-feira (2), o papel preferencial da Petrobras já marca alta de 14,78%, até as 10h44 de hoje (5).

Seria esse o momento de comprar os papéis da companhia, dado o momento de virada que ela pode vir a passar? Ou o melhor é vender e se livrar do problema de uma vez, já que a crise que a companhia passa é sem precedentes? O InfoMoney conversou com analistas que comentaram suas visões sobre a companhia nesse momento.

Para Flávio Conde, existe uma chance razoável de ser escolhido um bom nome para a presidência da companhia e para seu conselho de administração. Caso isso de fato aconteça, o especialista afirma que a ação tem espaço para mais 10% de alta.

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“Para quem não está comprado na empresa e quer especular no curto prazo, o risco é grande, porque é uma situação binária, afinal existe a chance de amanhã não sair o nome escolhido porque ninguém aceitou (o cargo de presidente) e isso venha a prejudicar os papéis, acarretando em queda de cerca de 10%. É uma aposta de cara ou coroa”, explica o analista.

Adriano Moreno, CEO da AZ Futurainvest segue na mesma linha sobre o que espera para o desempenho da companhia. “Enquanto não tivermos uma definição sobre esse assunto (a escolha do novo comando da empresa) as ações continuarão a operar com alta volatilidade. Uma definição rápida e um nome forte e independente podem ser drivers importantes para a Petrobras começar uma nova fase” relata o analista.

Para quem pensa em comprar o papel de olho em um prazo mais longo, Flávio Conde afirma que o melhor momento não é esse. “A empresa ainda tem problemas em relação à sua dívida que está muito alta e pode acabar precisando abrir capital. Com as notícias da empresa para os próximos meses, ainda surgirão oportunidades melhores de compra”, aponta.

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O analista da Walpires Corretora, Leandro Martins, concorda. “Se a intenção é investir com prazo mais longo, é melhor aguardar uma definição do rumo da companhia. Já para o curto prazo, e com o stop de R$ 8, que é uma barreira para o preço, a expectativa de uma nova presidência, e uma direção diferente para a companhia, pode fomentar sim uma alta nos papéis e com alta volatilidade na ação. Ainda há muito incerteza sobre os rumos da empresa, então, é comum que haja movimentos especulativos neste momento”, afirma.