10 fatos interessantes sobre dividendos que você provavelmente não sabe

A Apple, empresa com maior valor de mercado da história, voltou a pagar dividendos apenas em agosto do ano passado, depois de um hiato de 17 anos

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – O investimento em ações que pagam bons dividendos é um dos prediletos dos norte-americanos, que há gerações investem em empresas que distrubuem parte do lucro ao seus acionistasl. O colunista do site Motley Fool Sean Williams levantou 10 fatos que mostram a força, potencial de crescimento e também alguns perigos em investir em ações de dividendos.

   1 – A Apple, empresa com maior valor de mercado da história, voltou a pagar dividendos apenas em agosto do ano passado, depois de um hiato de 17 anos, segundo o colunista. No entanto, espera-se que a companhia pague US$ 11,08 bilhões em dividendos nos próximos quatro trimestres, assumindo que a empresa continue sua política de pagar dividendos continuamente.
    2 – O colunista afirma que existem poucas coisas que os acionistas gostam mais do que companhias que mantenham pagamentos de dividendos por décadas. No entanto, existem algumas poucas companhias que pagam dividendos há mais de cem anos e o colunista ressalta que não consegue encontrar uma companhia que pague dividendos continuamente há mais tempo que o Bank of Montreal, que os paga desde 1829.

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    3 – Ainda no tema de longevidade, investidores costumam gostar de companhias com um histórico de aumentar seus dividendos. Poucas são as companhias que conseguem entrar no chamado Dividend Aristocratics Club nos EUA – composto por empresas que aumentaram seus dividendos por 25 ou mais anos consecutivos. Um exemplo claro de empresa assim nos EUA é a Diebold, que, segundo o colunista, esse ano aumentou seus dividendos pelo sexagésima vez seguida.

    4 – Com as taxas de juros mais baixas da história nos EUA, a procura de investimentos com alto yield aumentou muito desde a recessão no setor imobiliário em 2008. Nos últimos quatro anos, a agência de hipotecas American Capital frequentemente teve yield maior de 20%, segundo Sean Williams. Somadas as distribuições de dividendos dos últimos 20 trimestres da empresa, o valor alcança US$ 25,85/ação, o que dá um retorno de 115%, em comparação com o valor do papel da empresa.
    5 – No entanto, investidores de dividendos inteligentes sabem que não basta buscar os papéis com maior dividend yield. Na verdade, essa estratégia muitas vezes pode não ser boa porque as ações com alto yield às vezes podem mascarar o baixo retorno sobre o patrimônio ou a falta de estratégia de longo prazo com esses dividendos robustos, afirma o colunista.
    6 – O pagamento de dividendos certamente é diferente em relação ao século passado. Sean Williams cita outro colunista do Motley Fool, Morgan Housel, que constatou que os yields hoje são muito mais baixos em comparação às primeiras décadas do século XX. Em 2000, quando a bolha das empresas de tecnologia estourou, o yield do S&P 500 totalizou 1,16% enquanto em 1932, durante a grande depressão, chegou a 9,52%.
    7 – Historicamente, os dividendos têm apresentado um importante papel na criação de riqueza para os investidores nos EUA.  Segundo um relatório da rede de TV americana ABC, o dividend yield e o crescimento de dividendos totalizam 90% do retorno nominal do S&P 500 de 1910 a 2010.

    8 – Apesar de os pagamentos de dividendos atuais parecerem mais modestos em relação ao começo do século XX, a recuperação da economia americana combinada com a possibilidade de pagamentos de dividendos mais altos em 2013 criaram um cenário perfeito para o pagamento de dividendos das empresas em 2012. Em agosto do ano passado as companhias pagaram um recorde de US$ 34 bilhões.

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    9 – A diferença entre o número de empresas que aumentaram o pagamento de dividendos, em um dado ano, em relação ao número de ações que diminuíram tende a ser mais alta em períodos logo após recessões. Isto, segundo o colunista, pode oferecer ainda mais uma prova de que o investimento a longo prazo funciona, porque os investidores que tentam acertar o tempo  do mercado provavelmente podem perder os ganhos associados a esses aumentos de dividendos tão logo após a recessão.
    10 – Por último, mas não menos importante, as taxas de impostos sobre dividendos costumam ser altas por todo o mundo. Nos países do G-10, o Japão oferece a menor taxa (10%) enquanto a França tem a taxa mais alta do grupo, de 40%. No Irã não há cobrança de impostos para recebimento de dividendos e só há três anos começaram a taxar os ganhos de capitais. 

No Brasil, os dividendos são isentos de tributação na fonte, enquanto os juros sobre capital próprio (JSCP) são tributados em 15%.