As melhores ações para investir em maio, de acordo com 27 corretoras

A mineradora Vale ficou no topo pela quinta vez seguida

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, terminou o mês de abril com uma queda de 0,78%, o que levou as corretoras a mudarem um pouco suas recomendações para maio, apesar dos papéis da Vale (VALE5) terem alcançado o primeiro lugar novamente, ao serem citados em 16 relatórios dos 27 analisados pelo portal InfoMoney, três a mais que no mês passado.

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A mineradora ficou no topo pela quinta vez seguida, mas a empresa do Grupo Casino, o Pão de Açúcar (PCAR4), que havia dividido a segunda posição com o Itaú Unibanco (ITUB4) no mês passado, caiu para o quarto lugar, com nove recomendações, deixando o banco brasileiro sozinho em segundo lugar pela primeira vez, ao ser citado em 13, dos 27 relatórios analisados.

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O grande destaque deste mês foi a Petrobras (PETR4), que dobrou seu número de recomendações em relação ao mês anterior, de cinco para 10. Esse número fez a companhia sair do sétimo lugar, que ela havia dividido com mais seis empresas em abril, e chegar à terceira colocação, sozinha.

Na quarta posição, junto com o Pão de Açúcar, ficou a BR Malls (BRML3), que teve uma recomendação a menos que no mês anterior e caiu uma posição. Já a sucroalcooleira Cosan (CSAN3), pulou da quarta para a quinta posição, junto com a Brasil Foods (BRFS3), que subiu duas posições em relação a abril. Ambas tiveram oito recomendações.

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A sexta posição foi dividida entre três companhias: Suzano (SUZB5), BM&FBovespa (BVMF3) e América Latina Logística (ALLL3). Todas foram citadas em sete dos 27 relatórios analisados, sendo que, no mês anterior, elas tiveram sete, cinco e sete recomendações, respectivamente.

Além das ações preferenciais da Vale terem atingido o primeiro lugar novamente, a companhia ainda foi citada em cinco relatórios com recomendações para suas ações ordinárias, ou seja, que dão direito a voto em uma Assembleia de Acionistas (VALE3).

Vale: a mineradora conquista o penta
A Vale é a maior produtora de minério de ferro e pelotas do mundo, a segunda maior mineradora diversificada do mundo e a segunda maior produtora de níquel, também em escala global.

Em relação à sua receita, metade dela advém dos mercados asiáticos e o restante está dividido entre 21% América do Sul, 20% Europa e 7% América do Norte.

Ação Recomendações
Maio/2013
Recomendações
Abril/2013
Vale PNA 16 13
Itaú Unibanco PN 13 12
Petrobras PN 10 5
Pão de Açúcar PN 9 12
BR Malls ON 9 10
Cosan ON 8 8
BR Foods ON 8 5
Suzano PNA 7 7
BM&FBovespa ON 7 5
ALL ON 7 7
Bradesco PN 6 8
Vale ON 5 5
Lojas Renner ON 5 5
Gerdau PN 5 5
Duratex ON 5 5
CCR ON 5 5
BR Properties ON 5 5
Anhanguera ON 5 5

A recomendação da empresa por grande parte das corretoras é proveniente de diversos motivos. De acordo com o relatório da Um Investimentos, os principais são: a sólida geração de caixa (margem ebitda de 37,6%), os múltiplos atrativos e o baixo nível de endividamento. Além disso, a expectativa de que os custos operacionais continuem recuando e a provável melhora da rentabilidade nos próximos trimestres também são, segundo a corretora, grandes fatores catalisadores.

Itaú Unibanco permanece em segundo lugar, mas dessa vez sozinho
O Itaú Unibanco é resultado da associação entre duas instituições em 2008, criando o maior banco múltiplo do hemisfério sul, com valor de mercado de R$ 162 bilhões. Possui atualmente cinco mil agências no Brasil e no exterior e é líder no mercado brasileiro de cartões de crédito, financiamento de veículos e atividades de banco de investimento.

De acordo com a Citi Corretora, em relatório, o Itaú Unibanco está sendo negociado a múltiplos baixos considerando o retorno elevado. Além disso, outros fatores que aumentaram a atratividade das ações do banco brasileiro foram: a acomodação da inadimplência nos últimos meses, a queda moderada nos spreads e o guidance positivo para 2013, que deve dar sustentação para as ações no curto prazo.

Petrobras volta aos holofotes e vira a grande aposta das corretoras
A Petrobras passou por uma longa fase ruim, fazendo muitos investidores começarem a desacreditar em seu potencial como blue chip do Ibovespa, por conta de reservas em declínio, ingerência do governo e produção decepcionante trimestre após trimestre.

No entanto, nas últimas semanas parece que a situação da estatal começou a se inverter novamente, com notícias positivas relacionadas também ao programa de redução de despesas (PROCOP), que bateu um terço de suas metas no 1T13 e deu margem para a Petrobras bater seu próprio guidance, fazendo a companhia voltar aos holofotes e dobrar seu número de recomendações em relação ao mês passado.

De acordo com relatório da XP Investimentos, a Petrobras não é o case mais óbvio da bolsa, mas eles acreditam que suas ações são necessárias na composição da carteira. “A Petrobras é um ativo barato, mas já está neste patamar há algum tempo. A medida que uma empresa perde valor em bolsa e não entrega resultados, isso se altera”, afirmou a corretora.

Metodologia InfoMoney
Ao todo, 27 carteiras de bancos e corretoras foram utilizadas para este levantamento. Os portfólios selecionados foram: BB Investimentos, Geral, Souza Barros, Rico, XP Investimentos, Planner, Um Investimentos, PAX, Walpires, Geração Futuro, HSBC, BTG Pactual, Solidez, Wintrade, Omar, BI&P, Gradual, Ativa, Socopa, Fator, Inva, Coinvalores, Citi Corretora, SLW, Concórdia, Santander e Bradesco/Ágora.

Entre todas as carteiras publicadas pela InfoMoney em maio, nesta compilação apenas não foram considerados os portfólios com sugestões de ações que tenham perspectiva de pagamento de proventos.