5 dicas para um “check-up” completo nos seus investimentos

Assim como as pessoas realizam exames anuais afim de cuidar da saúde, os investidores devem realizar uma avaliação anual de sua carteira para garantir sua saúde financeira

Gabriella D'Andréa

Publicidade

SÃO PAULO – Algumas atividades precisam ser realizadas com frequência. Fazer exames médicos anualmente, levar o carro para a vistoria, fazer uma grande faxina em casa são apenas algumas delas. Mas além dessas obrigações, há outra que precisa ser realizada constantemente: um check-up dos seus investimentos.

Acompanhe a cotação de todos os fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa 

Para isso, a planejadora financeira da LearnVest, Ellen Derick, faz uma comparação: imagine que a avaliação da sua carteira de aplicações é como uma consulta no pediatra e que ao final, se você tiver ido bem, pode até mesmo sair com um “prêmio”.

GRATUITO

CNPJ DE FIIS E AÇÕES

Para informar FIIs e ações no IR 2024 é preciso incluir o CNPJ do administrador; baixe a lista completa para facilitar a sua declaração

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A planejadora listou 5 passos para auxiliar o investidor na realização desse check-up. Confira:

1º – Olhe para a carteira como um todo
Uma das primeiras coisas que um médico faz é analisar a saúde do paciente de forma geral, checando a pressão arterial, o peso e a temperatura. E, segundo a planejadora, o mesmo deve ser feito com os investimentos.

Quer saber mais sobre os termos usados no mercado financeiro? Acesse o glossário InfoMoney

Continua depois da publicidade

“Em termos de investimento, este seria o equivalente a tirar uma foto do quadro geral. Seu trabalho ou renda mudou? Sua família cresceu ou diminuiu?”, exemplifica. Em suma, é preciso analisar qual a situação atual e quais são os objetivos do investidor.

2º – Abordar os problemas remanescentes
Em seguida, Ellen afirma que é preciso se fazer questionamentos mais específicos e procurar possíveis sinais vermelhos nas aplicações. “Se você investiu em um fundo de ações que não teve um bom desempenho, pergunte a si mesmo se é um sintoma de um problema maior ou se é uma alta temporária”.

Além disso, é importante se questionar se você compraria os mesmos investimentos caso tivesse dinheiro hoje. Se a resposta for negativa, pode ser interessante considerar realizar o prejuízo e seguir em frente.

No entanto, a especialista ressalta que não precisa se desesperar caso a aplicação esteja oscilando, pois isso é normal. Portanto, a sugestão é realizar uma análise anual minuciosa, mantendo uma distância para conseguir tomar decisões racionais.

3º – Considere opções “genéricas”
Da mesma maneira que o médico pode recomendar medicamentos genéricos por serem mais baratos, o mesmo pode ser levado em conta quando o assunto é investimento. Sendo assim, ao invés de escolher um fundo de uma instituição renomada e que cobra uma alta taxa de administração, por exemplo, o investidor pode procurar uma aplicação similar, mas com uma taxa menor, o que terá um grande impacto no longo prazo.

Outra forma de economizar é encontrar corretoras, no caso do mercado acionário, que cobrem uma baixa taxa de corretagem, valor pago a cada ordem, seja de compra ou venda.

4º – Manter o peso ideal
Assim como o médico diz para você cuidar de sua saúde através de uma melhor alimentação e exercícios físicos, também é preciso realizar alguns reajustes para alcançar o peso ideal nos investimentos, pelo menos uma vez por ano.

No começo o investidor tem um plano que se adapta as suas metas e ao seu apetite por risco e, dependendo da situação, ele pode optar por destinar metade do dinheiro para ações e a outra para títulos. Mas passado um ano, suas aplicações na bolsa podem ter crescido significativamente, chegando a uma relação de 60-40 ao invés de 50-50. Nesse caso, o acionista pode vender alguns de seus papéis para voltar à relação antes desejada.

Por mais difícil que possa parecer vender quando a aplicação está em alta, às vezes é necessário. “Reequilíbrio é sobre comprar na baixa e vender na alta. Mentalmente nós não gostamos de vender parte de um investimento que teve boa performance e adiciona dinheiro a outra que não teve”, comenta Ellen.

A partir disso, a especialista ressalta que o investidor não pode cair na tentação de deixar as coisas como estão só porque o retorno é atraente, pois a decisão racional foi tomada no começo e é ela que deve ser mantida.

5º – Sinta-se bem consigo 
Quando a criança se comporta bem no pediatra ela geralmente ganha um brinquedo. E reequilibrar o portfólio deve ser visto da mesma forma, como algo bom que lhe trará retornos positivos no longo prazo.

Portanto, se você conseguiu economizar alguns trocados com as taxas cobradas, pode utilizar esse dinheiro para comprar uma garrafa de vinho ou comer em algum restaurante de sua preferência.