Como construir a carteira de investimentos ideal e ganhar mais dinheiro

Especialistas apontam quais são os setores que mais têm se destacado e quais investimentos de renda fixa servem como complemento

Gabriella D'Andréa

Publicidade

SÃO PAULO – Devido à fase de incertezas e instabilidade pela qual a economia mundial tem passado é importante que as pessoas fiquem alertas com seu dinheiro. Ao invés de gastá-lo compulsivamente, por que não investi-lo?   

De acordo com especialistas, é difícil classificar uma carteira de investimentos como “a ideal”, pois isso depende de uma série de fatores, inclusive pessoais, como a aversão ao risco de cada um. Entretanto, uma  dica é montar um  portfólio que lhe garanta segurança e rentabilidade. Como elas quase nunca andam juntas, diversificar o portfólio, com uma parte em renda fixa e, se o seu perfil permitir, outra em renda variável é o primeiro passo. 

Dentro da renda fixa, é importante lembrar que existem diversos tipos de ativos, alguns mais arriscados (e que também oferecem maior rentabilidade) e outros mais conservadores. Entre os mais conservadores estão os títulos públicos atrelados à Selic, que tem pouca oscilação no valor de face (ou seja, baixo risco de mercado) e possuem a maior segurança entre os investimentos, já que são garantidos pelo Governo. 

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Já entre os mais arriscados da renda fixa estão os títulos de crédito privado (debêntures), que costumam oferecer uma rentabilidade melhor – mas também possuem maior risco de crédito, afinal, as chances de uma empresa quebrar são muito maiores do que um País.

Um meio termo dentro da renda fixa seriam os títulos públicos atrelados à inflação. A volatilidade deles é maior, mas se o investidor permanecer com eles até o final o rendimento acordado está garantido e o risco de crédito é baixíssimo.

O operador da Monte Bravo Investimentos, Marcelo Halmel, aponta que, atualmente, os títulos atrelados à inflação são uma boa opção, por conta da expectativa de elevação dos índices de preços. “Títulos atrelados à inflação e debêntures têm tido boa rentabilidade. No segundo caso, é preciso procurar boas empresas que rendem o IPCA mais um percentual, gerando ganho real para o investidor”, pontua 

Continua depois da publicidade

Renda variável
O mercado acionário ainda enfrenta muitas incertezas e muitos investidores têm preferido se afastar da bolsa de valores.  No entanto, alguns especialistas não se cansam de lembrar que o melhor momento para entrar na bolsa é quando ela está “barata” e existem várias ações com preço abaixo do seu real valor de mercado sendo negociadas.

De acordo com a consultora de invesitmentos Rita Mundim, os papéis de empresas de capital aberto costumam dar um bom retorno para investidores mais pacientes e que tenham um perfil um pouco mais arrojado. Segundo ele, para o longo prazo, setores defensivos, que pagam bons dividendos devem fazer parte da carteira dos investidores.  “O momento é bom para comprar ações que pagam bons dividendos, principalmente com a queda da Selic”, afirma.

Já para o Analista da Walpires Corretora, Leandro Martins, os setores relativos aos Shoppings Centers, à educação e à Saúde, no ramo farmacêutico, especificamente, são a bola da vez. “Mas, para um investidor iniciante a alocação na Bolsa deve ser feita de forma gradativa. Ele pode ir aumentando o investimento, conforme adquire mais experiência. Eu costumo sugerir de 5 a 10 ações para quem aplica, pois é melhor para controlar e acompanhar”, ressalta .

Continua depois da publicidade

Fundos imobiliários
Para quem pretende montar uma carteira diversificada, além da renda fixa e do mercado acionário, investir em fundos imobiliários também pode ser uma boa opção. É importante lembrar que estes fundos são considerados renda variável, já que o valor da cota pode valorizar ou desvalorizar de acordo com o mercado – eles são negociados em bolsa.

Mas ao mesmo tempo que o investidor pode ganhar com a valorização, ele também ganha com a distribuição de rendimentos, provenientes dos aluguéis de imóveis que compõe a carteira do fundo. Além disso, esses rendimentos são isentos de IR (desde que o fundo e o investidor se encaixe em alguns requisitos), o que também pode fazer uma boa diferença na rentabilidade, especialmente no longo prazo.   “O governo tem isentado setores que ele quer incentivar, por isso a isenção de IR torna os fundos imobiliários ainda mais atrativos”, afirma Rita Mundim.

Como incentivo, somente neste, ano os fundos tiveram rentabilidade 8 vezes superior ao das ações. Desde o começo do ano, o Ifix (índice de fundos imobiliários) registrou alta de 31%, ante valorização de 3,82% do Ibovespa (dados até o dia 19 de outubro).