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SÃO PAULO – Quando se fala em bolsa de valores a primeira ideia que surge na cabeça de muitas pessoas é que o mercado de ações é como um jogo de apostas. Em um curto prazo até é possível operar com essas “apostas”, ato que é mais conhecido como especulação. No entanto, para os que desejam ter um retorno positivo e significativo, esse mercado deve ser encarado como um investimento de longo prazo, isso é, em torno de 10 à 20 anos, como aponta o colunista do site Market Watch, George Sisti.
Sendo assim, o que muitos investidores consideram uma aplicação de longo prazo é, na realidade, uma especulação de curto prazo. E para saber se você caiu na armadilha da especulação não intencional, Sisti aponta 8 sinais que o levam a essa resposta.
Confira quais são eles:
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1º – Caso o investidor use alavancagem, ele é um especulador. Nessa situação, o especialista compara a ferramenta a uma cascavel com uma cabeça em cada extremindade, pois caso o preço da ação esteja subindo, a alavancagem contribuirá ainda mais para seus ganhos. Já se a situação se inverter, seu portfólio irá despencar rapidamente, o que lhe trará prejuízos.
2º – Investir em ganhos de curto prazo é especular. Sisti afirma que o preço das ações tende a crescer no longo prazo, conforme comprova a história. Em um longo período, uma economia crescente gera lucros para as empresas, além de elevar seus dividendos e aumentar o preço das ações. No entanto, a economia é cíclica, e assim como tem seus momentos de expansões também possui os de contrações. Portanto, o investidor deve ser paciente para colher os frutos de uma boa rentabilidade.
3º – Vasculhar a internet e a mídia para ter ideias de vencer o mercado acionário é especulação. Buscar informações públicas para agir sobre elas e ganhar dinheiro é estar se enganando, de acordo com o colunista. Isso acontece pois, ao serem publicadas, as notícias já foram precificadas.
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4º – Aplicar em um ativo que tem um bom histórico é especular. Investir em uma ação que já teve bom desempenho não é garantia de retorno futuro.
5º – Investir em fundos de proteção é especulação. Sisti aponta que o desempenho da maior parte desses fundos tem sido decepcionante. Prova disso são as imagens de agentes do FBI prendendo gestores desses fundos que se envolveram em casos de insider trading para conseguir gerar um bom retorno, prática considerada ilegal.
6º – Tentar cronometrar o mercado ou possuir um programa que dá o timing dele é especular.
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7º – Investir em papéis individuais que, na teoria devem superar o mercado, é especulação. O especialista diz que o investidor não deve esperar que, no longo prazo, o retorno de uma ação individual seja superior ao de sua classe de ativos. “Adicionar ações individuais ao seu portfólio acrescenta um risco individual da empresa que é desnecessário”, afirma.
8º – Se você investir em algo que não entende apenas porque um consultor financeiro sugeriu, você, provavelmente, é um especulador não intencional.
