5 conceitos que todo investidor de opções precisa saber

A ferramenta obviamente tem uma curva de aprendizado importante, mas não é inviável para pessoas que estão iniciando no mercado

MoneyLab

Com um contingente cada vez maior de pessoas físicas entrando na bolsa de valores, o discurso antes utópico de democratização dos investimentos começa (finalmente) a se tornar realidade no Brasil.

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Não obstante, existem dores de crescimento naturais no processo. Uma das principais, e com forte impacto justamente para o investidor de varejo, é a assimetria de informação que ainda existe no segmento.

Investidores iniciantes são tradicionalmente desestimulados a conhecer e consequentemente investir em produtos mais complexos da bolsa. O que faz, na prática, com que só os qualificados continuem tirando proveito de todas as alternativas que o mercado oferece.

Mas, felizmente, há soluções em curso para atacar este problema, como mostra a extensa oferta de informação, gratuita ou não, na internet. Cabe ao investidor discernir primeiramente a qualidade do conteúdo oferecido e entender a aplicabilidade de cada instrumento em seu perfil.

Nessa linha, as opções têm ganhado visibilidade e relevância para quem está começando a investir, algo que não ocorria no passado. Obviamente, a ferramenta tem uma curva de aprendizado importante, mas não inviável.

É o que mostra Su Choung Wei, analista de Investimentos e professor de finanças, no curso As sementes do dinheiro. Ali, você pode ter acesso ao conhecimento necessário para transformar as opções em fonte recorrente de ganhos. Veja abaixo alguns dos conceitos que você aprenderá nas aulas e inscreva-se para ter acesso gratuito ao conteúdo completo.

Conceito de opcionalidade

Como a própria palavra indica, a opcionalidade pressupõe possibilidade ou escolha, diferentemente de um contrato tradicional, que, quando firmado, precisa necessariamente ser cumprido. Entender isso é essencial, pois trata-se de um princípio básico do instrumento financeiro e ajuda a desmistificar preconceitos.

Para simplificar, Su dá exemplos práticos. “Quando uma pessoa vai ao banco e fecha um financiamento, não tem direito de escolha, é um fechamento de contrato. Não dá para, no meio do processo, querer deixar de pagar. Existe uma penalização muito elevada caso este acordo seja rompido”, diz.

“As opções, por outro lado, funcionam como um sinal de negócio. Ao comprar um carro de R$ 50 mil, por exemplo, o comprador pode dar um sinal de R$ 2 mil e afirmar que pagará o restante em 30 dias. Assim, ele terá o direito, mas sem o dever de concretizar o negócio. Se acabar desistindo, o vendedor fica com este valor e está livre para negociar o veículo com outra pessoa.”

Na bolsa, a lógica é parecida. Um investidor pode comprar uma opção de Petrobras, cuja ação valia R$ 27 em 30 de julho, para adquirir o papel por R$ 20 em novembro. Caso o ativo se valorize no vencimento, haverá lucro. Se os preços caírem, não há obrigação de cumprir com o acordo.

É claro que, independente do resultado, o prêmio atrelado à operação será debitado, mas o instrumento dá mais opções para que um investidor informado consiga aproveitar tendências de mercado.

Opção de compra

A partir dessa base, o investidor busca identificar, através de uma leitura do mercado, ativos e momentos propícios para realizar opções de compra, também chamadas de call. “É preciso avaliar preço e risco. A modalidade te dá a possibilidade de apostar quantias pequenas e participar de toda alta do mercado”, diz.

“Imagine que um investidor estuda uma empresa e conclui, a partir de dados da operação, segmento e até ambiente macro, que suas ações devem subir no próximo ano. Obviamente, é possível comprar as ações da empresa nessa situação, mas é uma operação mais cara. Com as opções, você investe bem menos.”

Voltando aos papéis da Petrobras: vamos supor que, durante o derretimento das ações da estatal em fevereiro (o preço de PETR4 chegou a R$ 21), um investidor comprou opções com vencimento em fevereiro de 2022 e valor de R$ 30. Com este movimento, ele assegurou lucro em caso de escalada do ativo e diminuiu os riscos de curto prazo que a empresa oferecia.

Opção de venda

Já as opções de venda, ou put, são uma espécie de seguro para ativos em que os investidores apostam que devem recuar ao longo do tempo. Apesar de menos popular que a call, é um instrumento que, ao fim ao cabo, pode se tornar uma grande proteção à sua carteira de investimentos.

“Com a put, o comprador tem o direito de venda e garantia do preço previamente estipulado. O vendedor tem que honrar a compra, mesmo que um ativo derreta. Este instrumento acaba sendo muito importante como proteção em empreendimentos de risco”, afirma Su.

Explicando com Petrobras: os investidores que tinham opções de venda de PETR4 (acima de R$ 21) em fevereiro de 2021, no ápice da crise da crise institucional da empresa, conseguiram lucrar com o movimento. O mesmo pode ser dito do IRB Brasil quando os escândalos de governança da empresa explodiram em 2020.

Tetha ou Time Decay

Independente do tipo de operação escolhida, as opções (e, na verdade, o mercado como um todo) dependem muito de timing. Não por acaso, a expressão “virou pó” é constantemente utilizada para se referir a ativos do segmento que acabaram não dando frutos na prática.

Então, para diminuir este risco, é preciso se familiarizar com o conceito de Tetha ou Time Decay. “Na ótica do tempo, uma opção funciona como um aluguel de uma oportunidade (como dito acima). Por isso, se o vencimento se aproxima e o papel não está próximo da quantia estabelecida pela opção, ela vai perdendo seu valor”, diz.

“Um investidor compra uma opção (compra) de PETR4 a R$ 24 com prêmio de R$ 0,93 e o papel está em R$ 23. Se alguns dias depois ele procurar a mesma operação e o valor da ação estiver igual, provavelmente o prêmio já será menor. Trata-se de um desgaste temporal que é sempre negativo.”

Valor extrínseco

Outro conceito essencial para o domínio do mercado de opções é o de valor, neste caso dividido em intrínseco e extrínseco. Assim, é possível mapear o custo de oportunidade de uma opção e, a partir disso, ter mais uma camada de avaliação para se apoiar durante o momento decisório.

Pense em um investidor que, com os papéis da PETR4 a R$ 27, compra uma opção de R$ 28 por R$ 1,70. Este R$ 1 que é a diferença entre o valor real e o valor da opção é o intrínseco, enquanto os outros R$ 0,70 são a parte extrínseca do valor total daquela operação.

“Este valor está relacionado com a oportunidade. Como, ao comprar opções, você não corre riscos sobre o capital todo, isso te dá um poder de alavancagem enorme, mas isso tem um preço. É valor que você paga “a mais do que o justo” para ter essa possibilidade”, diz.

Se você se interessou pela modalidade, tem perfil de aderência a riscos e quer se aprofundar nestes conceitos e conhecer muitos outros, inscreva-se no curso gratuito As sementes do dinheiro, ministrado pelo analista de Investimentos e professor de finanças Su Choung Wei.

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