Fitch rebaixa rating da Oi para “BBB-“, com perspectiva negativa

O rebaixamento reflete fracos resultados operacionais e dívida líquida mais alta; agência espera que a alavancagem da companhia permaneça acima do previsto

Reuters

Publicidade

SÃO PAULO – A agência de classificação de risco da Fitch Ratings rebaixou nesta sexta-feira o rating da operadora de telecomunicações Oi (OIBR3, OIBR4), de “BBB” para “BBB-“, e manteve a perspectiva negativa, indicando que poderá promover outro rebaixamento se o nível de alavancagem da empresa não cair.

O rebaixamento reflete fracos resultados operacionais e dívida líquida mais alta, fatores que fazem a agência esperar que a alavancagem da Oi permaneça acima do previsto nos próximos trimestres.

“Os resultados operacionais da empresa no segundo trimestre foram mais fracos que o esperado, em parte por conta de custos maiores, alguns deles não recorrentes”, afirmou a agência em comunicado.

Continua depois da publicidade

A Fitch avalia que a projeção da empresa de Ebitda entre 9 bilhões e 9,8 bilhões de reais em 2013 é improvável. Nos últimos 12 meses até 30 de junho, a proporção entre dívida líquida e Ebitda atingiu 3,5 vezes, disse a agência.

A perspectiva negativa reflete as preocupações da Fitch com a capacidade da Oi de reduzir sua alavancagem. “Mais um rebaixamento pode ocorrer caso a alavancagem da empresa permaneça nos níveis atuais”, afirmou a Fitch.

De acordo com a agência, a perspectiva pode ser revisada para estável caso a Oi consiga reduzir a proporção entre dívida líquida e Ebitda para 3 vezes ou menos, com melhora dos resultados operacionais.

“As notas da Oi refletem posição de mercado sólida, escala de negócios, diversas plataformas de serviços e risco regulatório moderado”, disse a Fitch.

A agência também assinalou que a empresa tomou medidas para melhorar seu fluxo de caixa ao reduzir o pagamento de dividendos e os investimentos previstos.

“Além disso, a nova direção da Oi está tomando ações para melhorar a estrutura de custo, o que pode levar tempo”, completou a agência, que prevê que a alavancagem irá permanecer acima de 3 vezes até o final do ano.