Oi pagará 75% menos dividendos, de R$ 2 bi para R$ 500 mi e suspende guidance

Companhia destaca que mudanças ocorrem em meio ao ambiente macroeconômico e do mercado financeiro atual, buscando maior flexibilidade

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, a Oi (OIBR3;OIBR4) anunciou a alteração do pagamento de dividendos relativos aos exercícios sociais entre 2013 e 2016, passando de R$ 2 bilhões para R$ 500 milhões, uma queda de 75%.

De acordo com a companhia, esta mudança ocorre “à luz do ambiente macroeconômico atual, das condições dos mercados financeiros e da necessidade de investir no desenvolvimento de negócios”. Deste modo, afirmou, a companhia busca reforçar a flexibilidade financeira. 

A mudança para o valor de R$ 500 milhões representa aproximadamente o mínimo dividendo capaz de atender atualmente os objetivos de pagar dividendos de 25% sobre o lucro líquido do exercício ajustado, ou o maior valor entre 3% do patrimônio líquido e 6% do capital social e garantir um pagamento igualitário entre os papéis PN e ON. 

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“A companhia se mantém confiante quanto às perspectivas futuras de negócio da Oi e acredita que o aumento da flexibilidade financeira reduz os riscos financeiros e permite à companhia executar a sua estratégia e desenvolver o seu negócio, mantendo a sua posição competitiva de longo prazo”, destacou.

A Oi decidiu ainda que não vai mais divulgar as suas projeções de crescimento e geração de caixa, “tendo em vista a volatilidade verificada no ambiente macroeconômico nos últimos meses”. Deste modo, afirmou a companhia, o objetivo é priorizar o negócio com rapidez e eficácia, além de equilibrar os investimentos face ao objetivo de reforçar a flexibilidade financeira. 

Esta mudança já sinaliza a administração de Zeinal Bava, que assumiu a empresa de telecomunicações no início de junho. O executivo já vem promovendo corte de custos para melhorar a eficiência da Oi. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.