Vacina: Oxford diz ter chance de entregar resultados de fase 3 antes do fim de 2020

Pollard chegou a afirmar que "há uma pequena chance" de os resultados de eficácia saírem antes do Natal, mas não cravou certeza

Equipe InfoMoney

(Polina Tankilevitch/Pexel)

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SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (4), Andrew Pollard, diretor do Grupo de Vacinas de Oxford, anunciou que a universidade espera apresentar os resultados dos testes em estágio final (fase 3) de sua vacina contra a covid-19 antes do final deste ano.

Pollard chegou a afirmar que “há uma pequena chance” dos resultados de eficácia saírem antes do Natal, mas não cravou certeza.

A vacina de Oxford e o Brasil

A vacina de Oxford é um dos imunizantes mais avançados em questão de desenvolvimento no mundo e está sendo testada aqui no Brasil. No país, 5 mil voluntários estão tomando a vacina. Os testes são coordenados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em São Paulo. No Rio de Janeiro e em Salvador, os estudos são realizados e financiados pelo Instituto D’Or.

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A vacina será produzida no país pelo laboratório Bio-Manguinhos, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), segundo acordo firmado pelo Ministério da Saúde. Lá fora, a vacina de Oxford é desenvolvida em parceria também com a multinacional farmacêutica AstraZeneca.

Um acordo entre a AstraZeneca e a Fiocruz prevê uma uma encomenda tecnológica, na qual a fundação adquire o produto finalizado e, em seguida, ensaia uma produção nacional. Esse processo na indústria farmacêutica é chamado de transferência tecnológica (entenda mais sobre esse processo).

Em reportagem anterior, o InfoMoney conversou com um médico voluntário brasileiro que recebeu a vacina de Oxford. Confira o relato.

Vacina gerou resposta imune

Em outubro, a Oxford anunciou que a vacina que está desenvolvendo contra a covid-19 induziu “uma forte resposta imune” em idosos durante testes de fase 2 feitos no Reino Unido.

“É encorajador ver que as respostas de imunogenicidade foram similares entre adultos jovens e idosos e que a reatogenicidade foi mais baixa em adultos mais velhos, onde a gravidade da covid-19 é maior”, disse um porta-voz da AstraZeneca.

“Os resultados constroem ainda mais o corpo de evidências de segurança e imunogenicidade da AZD1222”, disse o porta-voz, se referindo ao nome técnico da vacina.