Uber afirma ter errado em pagamento de motoristas; ”dívida” é de US$ 45 milhões, diz WSJ

Em nota ao WST, a Uber teria afirmado que cometeu um erro e que "se compromete a corrigir isso ao pagar a cada motorista o valor que lhes é devido"

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Após ser acusada de calcular taxas diferentes para motoristas e passageiros, de forma a pagar um valor menor que o devido aos motoristas, a Uber afirmou ao jornal Wall Street Journal que, “erroneamente”, de fato pagou menos do que o correto aos motoristas de Nova York nos últimos dois anos.

De acordo com o jornal, a empresa explicou que calculou a porcentagem cobrada dos motoristas por corrida de forma errada – e acima do que deveria. Ao invés de tomar para si 25% do valor de cada corrida após pagar os impostos e taxas locais, ela o fez antes desses descontos, o que resultou em um pagamento menor para os motoristas do valor de cada corrida.

Em nota ao WST, a Uber teria afirmado que cometeu um erro e que “se compromete a corrigir isso ao pagar a cada motorista o valor que lhes é devido somado aos juros, o mais rápido possível”. O “erro” no cálculo deve causar cerca de US$ 45 milhões em reembolsos à Uber.

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Cada motorista de Nova York deve receber, em média, um reembolso de US$ 900 da empresa. Isso é válido para todos os motoristas que tenham realizado ao menos uma corrida através do aplicativo e tenham concordado com os termos de condição de 2014.

Na última semana, em entrevista à Bloomberg, a empresa admitiu que, em algumas cidades dos Estados Unidos, tem mudado a forma como cobra por corridas e passou a cobrar um valor maior de determinados usuários, com base em estimativas do quanto elas estão dispostas a pagar pelas corridas. Apesar de criticada, a Uber manteve os testes nessas cidades alegando que precisa “aumentar sua lucratividade”.

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