Tripulantes têm medo de entrar novamente em um Boeing 737 Max, diz sindicato

Representante de 28 mil profissionais do setor escreveu uma carta ao diretor da Boeing pedindo mais que promessas no retorno do modelo aos céus

Equipe InfoMoney

Boeing 737 MAX

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SÃO PAULO – Após dois acidentes fatais em um intervalo de cinco meses, o Boeing 737 MAX, que está impedido de voar no mundo inteiro, encontra um novo empecilho para retornar aos céus: o medo dos profissionais do setor.

A Associação de Atendentes de Voo Profissionais, um sindicato que representa 28 mil tripulantes nos Estados Unidos, enviou uma carta a Dennis Muilenburg, CEO da Boeing, dizendo que seus membros “se recusam a entrar em um avião que pode não ser seguro e solicitam os maiores padrões possíveis de segurança para evitar outra tragédia”. O documento foi obtido pela Reuters.

Com 24 unidades do jato em questão estacionadas, a Boeing trabalha em uma atualização do software considerado responsável pela morte de 346 pessoas na soma dos dois acidentes. Segundo a Reuters, o sindicato solicita maiores informações sobre o nível de segurança de colocar pessoas novamente dentro das aeronaves. Também quer realizar uma inspeção própria, mesmo após uma aprovação do modelo pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA).

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A Boeing disse à agência que Muilenberg leu a carta e “responderá em breve”. Recentemente, a companhia aérea prometeu que o modelo se tornaria um dos mais seguros da história ao retornar – algo que deve acontecer entre o final deste ano e o início de 2020.

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