Softplan capta R$ 130 milhões e deve ir às compras nos próximos meses

O Grupo Softplan pretende realizar novas aquisições nos próximos meses e para 2023 a previsão de receita é de superar os R$ 700 milhões

Mariana Amaro

Eduardo Smith, presidente da Softplan (Foto: Divulgação)

Publicidade

A Softplan, empresa de software do país com sede em Florianópolis e projeção de faturamento de R$ 582 milhões para este ano, realizou uma captação de R$ 130 milhões com a sua primeira emissão de debêntures. A operação foi coordenada exclusivamente pelo Bradesco BBI e o recurso será utilizado no plano de expansão da empresa nos próximos meses – o que inclui a busca por aquisições.

Este não é um movimento novo para a companhia. Nos últimos dois anos, o Grupo Softplan já alocou mais de R$ 250 milhões em diferentes investimentos e aquisições. Juntas, as últimas cinco empresas adquiridas pelo grupo, 1Doc, Checklist Fácil, Construtor de Vendas, Collabo e Projuris, estão crescendo em receita mais de 45% em relação ao mesmo período de 2021. “Esses movimentos já foram feitos alinhados a nossa estratégia. Agora, como profundos conhecedores dos negócios em que atuamos, elencamos algumas áreas para novos investimento”, destaca Eduardo Smith, CEO da Softplan, em entrevista ao InfoMoney. 

Com a expansão, a empresa, que cresceu em torno de 35% ao ano nos últimos dois anos, terá previsão de atingir um faturamento de R$ 700 milhões no fim de 2023. “A captação de recursos vai acelerar nossa estratégia de crescimento”, afirma Smith.

Continua depois da publicidade

A companhia trabalha com ecossistemas de soluções MultiSaaS em diferentes segmentos: de Construção Civil, Justiça Privada e Inteligência Legal. “Hoje, nossa atuação no mercado privado corresponde a aproximadamente 40% das nossas receitas, enquanto nossos negócios voltados à transformação digital no setor público representam 60% do faturamento”, diz o CEO.

Seguindo a estratégia, a plataforma MultiSaaS de negócios deve representar 55% do faturamento do Grupo no ano que vem e a área da construção civil deve crescer em torno de 30%, atingindo uma receita acima de R$ 100 milhões sozinha.

Sob nova direção

Smith assumiu a posição de CEO na companhia em maio de 2021. Antes dele, a posição simplesmente não existia. Isso porque a companhia, fundada em 1990, possuía uma tríplice liderança, formada pelos trio de fundadores: Ilson Stabile, Moacir Marafon e Carlos Augusto de Matos.

Continua depois da publicidade

O planejamento sucessório da companhia começou há cerca de quatro anos, quando foi formado um conselho administrativo para a companhia e Smith foi convidado para ser um dos membros. “O processo de transição nas companhias familiares é delicado. Sempre fomos muito conscientes disso e os fundadores sabiam a necessidade de separar os papeis e só entrei porque havia um alinhamento de valores muito grande”, afirma.

A chegada de Smith ao cargo recém-criado também ajudou a empresa a dar um salto estratégico. “No passado, cada um dos fundadores tocada uma área da companhia de maneira independente. Agora, como há uma pessoa olhando para todas as áreas da empresa, conseguimos enxergar oportunidades que não víamos antes”, afirma.

Mariana Amaro

Editora de Negócios do InfoMoney e apresentadora do podcast Do Zero ao Topo. Cobre negócios e inovação.