Procurador-geral dos EUA tem dúvidas sobre acordo Oracle-TikTok

No fim de semana passado, Oracle e Walmart concordaram em adquirir 20% de uma nova entidade com sede nos EUA chamada TikTok Global

Bloomberg

(Getty Images)

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(Bloomberg) — O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, e outras autoridades de segurança nacional ainda não deram sinal verde para que Oracle e Walmart comprem uma participação no TikTok e, assim, evitem que o presidente Donald Trump bloqueie a rede social no país, segundo uma pessoa a par do assunto.

As autoridades têm dúvidas sobre as implicações da proposta para a segurança nacional à medida que vozes contrárias surgem dentro do governo, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, lidera o lado que apoia o plano.

A chinesa ByteDance, controladora do TikTok, tem prazo até este fim de semana para obter aprovação para a venda de suas operações nos EUA ou enfrentará uma proibição de facto no país decorrente de uma ordem executiva emitida em 6 de agosto por Trump. O Departamento de Justiça não respondeu imediatamente a perguntas sobre a posição atual de Barr sobre o acordo do TikTok.

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A ByteDance pediu a um juiz federal uma liminar preliminar para bloquear a ordem que obrigaria a exclusão do TikTok das lojas de aplicativos da Apple e do Google.

A porta-voz do Departamento de Justiça, Mollie Timmons, não quis comentar se o departamento pretende recorrer da liminar.

A questão foi informada anteriormente pela Fox Business.

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No fim de semana passado, Oracle e Walmart concordaram em adquirir 20% de uma nova entidade com sede nos EUA chamada TikTok Global. Trump elogiou o acordo com o TikTok no sábado, destacando que era “um ótimo negócio para a América”.

Mas questões foram levantadas desde então, pois o esboço inicial do acordo mostra que a ByteDance continuaria a controlar os valiosos algoritmos de inteligência artificial para os vídeos curtos do TikTok e inicialmente manteria o controle da nova entidade com sede nos EUA. As porcentagens de participação acionária poderiam mudar após uma possível oferta pública inicial.