Oferecido por

O que esperar da segunda onda do Open Finance no mercado financeiro

Para Jimmy Lui, Head de Inovação do Banco BV, movimento será transformador para soluções bancárias e startups

MoneyLab

Jimmy Lui, Head de Inovação e Open Finance do Banco BV, falou sobre a estratégia de inovação do banco, no Trilha da Inovação

Publicidade

O Banco BV marcou presença no Web Summit, o maior evento de inovação do mundo, sediado pela primeira vez na América Latina, no início de maio. Em uma entrevista exclusiva para o programa Trilha da Inovação, Jimmy Lui, Head de Inovação e Open Finance do Banco BV, falou sobre a estratégia de inovação do banco.

Jimmy enfatizou a relevância do Web Summit como uma oportunidade para fortalecer a presença do Banco BV no ecossistema de inovação. “Como uma empresa muito conectada, acreditamos que temos a obrigação de estar presente no Web Summit. Essa é a nossa estratégia de negócio, e aqui no evento podemos acelerar nossas frentes de atuação, que incluem investimentos em startups, inovação aberta e parcerias com outras empresas do setor”.

Jimmy Lui ressalta que a maioria das ideias inovadoras surge nas áreas de negócio, próximas das demandas dos clientes. O papel da área de inovação é identificar tendências mobilizando equipes e tornando os projetos escaláveis.

Continua depois da publicidade

“A conexão entre as áreas de negócio é fundamental. Ninguém faz nada sozinho nas grandes empresas hoje em dia. É preciso costurar soluções, alinhar estratégias e viabilizar a implementação das inovações. O trabalho por trás das soluções inovadoras é árduo, envolvendo a adaptação e integração no sistema do banco para levar os produtos ao cliente final”, destaca Jimmy Lui.

O Banco BV possui três grandes frentes estratégicas para impulsionar a inovação: Corporate Venture Capital (CVC), inovação aberta e a parcerias com startups com “banks as a servisse”. Através dessas iniciativas, a instituição busca acelerar seu crescimento e gerar negócios que beneficiem tanto o banco quanto seus clientes.

Quanto aos investimentos em startups, o executivo  observa um momento de transição no mercado, com o fim da era do dinheiro barato. Ele ressalta a importância da eficiência e da geração de resultados nas startups, afirmando que a estratégia do BV continua buscando soluções próximas ao seu core business, mas com potencial de transformação.

Continua depois da publicidade

Em relação ao Open Finance, o executivo ressaltou sua importância como uma tendência transformadora. Ele explicou que o Open Finance vai além do Pix, destacando que o Brasil ainda está em estágio inicial nesse processo. “O Open Finance vai ser tão ou mais transformador que o sistema brasileiro de pagamento. Ele democratiza os dados, dá acesso a instituições menores e tem um poder transformador que vai gerar ondas e ondas de inovação”, enfatizou Jimmy Lui.

Atualmente, o setor financeiro está focado na primeira onda de inovação proporcionada pelo Open Finance, que se concentra em melhorar os processos de crédito e oferecer benefícios mais adequados aos clientes. À medida que a infraestrutura do Open Finance se desenvolve, espera-se uma segunda onda de inovação, com novas aplicações e combinações entre soluções bancárias e startups. A instituição está atenta às necessidades dos clientes e busca melhorar continuamente seus processos, utilizando dados e tecnologias inovadoras.

O futuro do Open Finance no Brasil é promissor, de acordo com Jimmy Lui. Ele ressalta que a transformação será gradual, mas terá um impacto significativo na indústria financeira. A democratização dos dados e a abertura para instituições menores abrirão caminho para novas soluções que beneficiarão os clientes e impulsionarão o setor como um todo.

Continua depois da publicidade

O Banco BV acredita na importância das parcerias estratégicas e na coexistência de bancos tradicionais e fintechs. A estratégia da instituição é trabalhar em colaboração com diferentes players do mercado, aproveitando suas especialidades e competências. Essa abordagem de nicho visa oferecer aos clientes uma experiência financeira mais personalizada e eficiente.

Melhorar a experiência do cliente também é estratégica para a Dock, startup líder em serviços de infraestrutura financeira de Bank as a Service, recentemente se tornou um unicórnio e conquistou uma posição de destaque no mercado. Marcelo Jacques, Head de Estratégia da Dock, compartilhou os desafios e o futuro do mercado financeiro no Brasil.

Fundada há mais de 20 anos, a Dock começou como uma processadora de cartões de crédito, que oferecia crédito para clientes de varejistas. No entanto, desde 2014, a Dock evoluiu para se tornar uma provedora de infraestrutura completa de banking as a service e serviços digitais.

Continua depois da publicidade

“A Dock é uma provedora de infraestrutura para pagamentos digitais e serviços financeiros. Nossa proposta de valor é permitir que qualquer empresa, independente do setor, possa lançar soluções financeiras digitais e de pagamento para seus clientes ou para o seu público-alvo.”

Com uma base de mais de 300 milhões de contas abertas em sua plataforma, a Dock tem 80 milhões de clientes ativos mensais. A empresa atende tanto grandes instituições financeiras como empresas de “embedded finance”, ou seja, finanças incorporadas em soluções e serviços de outros setores.

Atualmente, a Dock possui 1.400 funcionários, principalmente no Brasil, embora também tenha equipes distribuídas em vários locais. A empresa adotou um modelo de trabalho híbrido, oferecendo opções de trabalho remoto e pontos de apoio para seus colaboradores.

Em relação aos próximos passos da empresa, Marcelo mencionou que um IPO (oferta pública inicial) seria um caminho natural no futuro, mas apenas quando o mercado estiver pronto. A Dock está focada em expandir sua presença para a América Latina, com operações já estabelecidas no México, Colômbia, Chile e Peru. O objetivo é levar as soluções financeiras líderes de mercado do Brasil para outros países da região, aproveitando o potencial de conversão do papel moeda para as finanças digitais em economias como o México e a Colômbia, onde a penetração de serviços digitais ainda é baixa.

Como visão de futuro, Marcelo enfatiza que a Dock acredita que qualquer empresa, seja um varejista, uma empresa de software ou uma plataforma de e-commerce, poderá oferecer serviços financeiros personalizados aos seus clientes, integrando pagamentos e finanças em suas soluções cotidianas. Essa abordagem visa atender nichos específicos e proporcionar uma hiperpersonalização das soluções financeiras de acordo com as necessidades do consumidor.

No que diz respeito aos desafios enfrentados pela Dock, Marcelo destacou a importância de manter a cultura corporativa intacta durante o rápido crescimento e a transição para o trabalho remoto. Além disso, a expansão internacional traz o desafio de lidar com diferentes culturas e adaptar produtos e serviços para cada mercado.

A rodada de investimento recente, liderada pela LightRock e Silver Lake Waterman, totalizando 130 milhões de dólares, foi fundamental para fortalecer a posição da Dock no mercado. A empresa atraiu investidores em um momento desafiador, demonstrando sua sustentabilidade e potencial de crescimento futuro.

Marcelo enfatizou que o mercado de fintech no Brasil é um dos maiores do mundo, impulsionado pela mudança regulatória de 2018. “O mercado de fintech no Brasil continuará a ser um dos maiores do mundo, impulsionado pela inovação e pela busca por soluções financeiras cada vez mais acessíveis e personalizadas. Acreditamos que as fintechs e as novas empresas continuarão a existir e a formar parcerias com empresas de diversos setores.”

Por Ana Medici, apresentadora do Trilha da Inovação.

MoneyLab

MoneyLab é o laboratório de conteúdo de marcas do InfoMoney. Publicidade com criatividade e performance a favor de grandes ideias. Publicamos conteúdos patrocinados para clientes e parceiros.