Nutriplant vê forte crescimento da empresa e quer aumentar sua liquidez

Produtora projeta que crescerá alinhada ao setor de agronegócio do País e espera que com isso diversifique sua carteira de investidores

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SÃO PAULO – A  Nutriplant (NUTR3M), empresa produtora de micronutrientes para solo, prevê crescimento forte da empresa alinhado ao potencial promissor do mercado de agronegócio no País e ao elevado preço de matérias-primas. Em teleconferência realizada pela corretora Souza Barros nesta quinta-feira (16), o sócio controlador e diretor da empresa, Ricardo Pansa, estima que apenas cerca de 25% de área plantada é utilizada no agronegócio.

“O agronegócio representa 35% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, o que demonstra como esse negócio é promissor”, disse Pansa.

O diretor acredita que o volume de vendas dos itens da Nutriplant será acrescido, acompanhando a alta do preço de commodities. “Os preços da soja, do milho e do açúcar deverão continuar bastante elevados, o que estimulará os produtores a  maximizar suas produções. E, segundo o USDA (United States Department of Agriculture) seremos o maior exportador de soja nos próximos anos”, afirma.

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De acordo com Pansa, o grande diferencial da companhia é o maçante investimento em culturas diferentes em diversas regiões do País. “Atuamos nos segmentos de cafá, soja, milho, enfim, nossa diversificação geográfica e de cultura nos previne de riscos climáticos e sazonais”. A empresa também pretende estender sua área de atuação para países vizinhos, como Colômbia e Paraguai, onde há produtores brasileiros que utilizam tecnologia de ponta fornecida pela companhia, conforme diz o diretor.

Reestruturação
A produtora passou recentemente por uma reestruturação, na qual vendeu R$ 24,46 milhões em ativos para a Mixfértil Indústria e Comércio, com o intuito de reduzir o endividamento e elevar o volume de capital de giro. “Com a reestruturação, diminuímos despesas e vamos investir mais em micronutrientes foliares, que são os que enxergamos com maior potencial de crescimento.” Em abril, a Nutriplant divulgou a compra da Quirios, da área de produtos químicos, via troca de ações.

Para a empresa, o resultado desta operação já pôde ser verificado no balanço semestral, no qual foi registrado incremento de 61% na receita líquida, que passou de R$ 15, 2 milhões no primeiro semestre de 2011, para R$ 24,5 milhões neste ano.

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A companhia reverteu déficit de R$ 4,7 milhões nos seis primeiros meses do ano passado e obteve lucro líquido de R$ 6 milhões de janeiro a junho deste ano. Por fim, o lucro por ação bateu R$ 0,36, ante prejuízo de R$ 0,90 por ação no mesmo período do ano anterior.

Segundo a empresa de análises Empiricus Research, o preço alvo das ações da Nutriplant na Bolsa é de R$ 5,07, o que representa um potencial de 44,88% de alta em relação ao fechamento desta terça-feira. (Veja mais: Vendo reestruturação com bons olhos, Empiricus inicia cobertura de Nutriplant).

Baixa liquidez
Pansa diz que uma das metas da Nutriplan é diverisificar a carteira de investidores, hoje concentrada em poucos fundos. Apesar de reconhecer que a empresa pretende ter suas ações listadas no Novo Mercado – onde poderia ter maior liquidez em seus papéis -, o executivo não estipula prazo para que isso ocorra.

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Hoje, a produtora tem apenas 21% de suas ações em circulação no mercado, contra um montante de 25% que seria exigido para que ela pudesse ingressar no Novo Mercado.

“Teríamos que fazer uma nova oferta para atingirmos esse volume de 25%, o que poderá ocorrer quando houver uma necessidade de aumentar capital para investimentos. Enquanto isso, temos optado por ter mais destaque no Bovespa Mais. Já estamos, contudo, cumprindo todas as regras de governança e transparência exigidas pelo Novo Mercado.”