Novas ações da Via Varejo disparam 6% em dia de estreia; volume é o maior da bolsa

A precificação da unit da empresa, formada da união de Casas Bahia e Ponto Frio, saiu por R$ 23, abaixo do preço sugerido por bancos, na faixa entre R$ 25,60 e R$ 33,60

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – As novas ações da Via Varejo, fruto da oferta secundária da empresa, estrearam nesta segunda-feira (16) na BM&FBovespa. Sob código VVAR11, as units registravam às 10h59 (horário de Brasília) valorização de 5,91, a R$ 24,36, frente à sua precificação, com volume financeiro de R$ 59,4 milhões – o maior da bolsa -, na frente das ações preferenciais de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE5). Já os papéis ordinários da empresa (VVAR3), que já eram negociados na bolsa paulista, registram queda 12 ,41%, a R$ 8,33.

Na oferta, a unit da ViaVarejo, formada da união de Casas Bahia e Ponto Frio, saiu por R$ 23, abaixo do preço sugerido por bancos, na faixa entre R$ 25,60 e R$ 33,60. Segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto disse à Reuters, a demanda superou a oferta em até 2,5 vezes com o ativo a esse preço. Acima desse patamar, no entanto, a procura foi reduzida substancialmente, apontando apetite dos investidores apenas mediante um desconto sobre o piso da faixa indicativa. 

Foram vendidas todas as 107,6 milhões de units de oferta base, além das 16,1 milhões de units do lote suplementar, conforme publicadas no site da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A oferta é 100% secundária, ou seja, os recursos foram diretamente para o bolso dos acionistas vendedores, e não haverá ingresso no caixa da companhia. Os vendedores foram a família Klein e o Grupo Pão de Açúcar (PCAR4). Conforme o prospecto, com a venda dos lotes extras, a quantidade de ações em circulação no mercado da Via Varejo sobe dos atuais 0,6% do capital para 29,3%. O Grupo Pão de Açúcar fica com 43,3% e o restante dividido entre diversos veículos da família Klein. 

Continua depois da publicidade

Segundo fontes disseram à Agência Estado, com a oferta, as ações do Grupo Pão de Açúcar deverão ter uma trajetória de ajuste, uma vez que será mais uma opção ao investidor. A questão agora é como os investidores decidirão se posicionar. A escolha pode ser manter exposição no Pão de Açúcar, que também conta com as operações ligadas ao segmento alimentar, ou apenas nas lojas de linha branca e eletrônicos, setor que até aqui tem apresentado forte crescimento de vendas.