Modelo de negócio da Meta, dona do Facebook, é colocado em xeque por reguladores da UE

Em decisão de conselho, reguladores da União Eurpeia limitam modelo de anúncio direcionado da Meta, diz WSJ

Reuters

Smartphone com o logotipo do Facebook é visto na frente do logotipo da Meta, em ilustração de 28/10/2021. (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

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(Reuters) – Reguladores da União Europeia determinaram que a Meta não deve exigir que usuários concordem com anúncios personalizados com base em sua atividade digital, informou o Wall Street Journal nesta terça-feira, citando fontes.

A decisão foi aprovada na véspera por um conselho que representa todos os reguladores de privacidade do bloco europeu e poderá limitar os dados que a Meta pode acessar para vender esses anúncios, acrescentou o WSJ.

O conselho determinou que a lei de privacidade da União Europeia não permite que plataformas de mídia social, como Facebook e Instagram, usem seus termos de serviço como justificativa para permitir publicidade com base no que os usuários tocam e assistem em aplicativos, segundo a reportagem.

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As decisões, ainda não divulgadas publicamente, não ordenam diretamente que a empresa mude as práticas, mas pedem que a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC) emita ordens públicas que reflitam suas decisões, juntamente com multas significativas. A sede europeia da Meta é na Irlanda.

“Nós nos envolvemos totalmente com o DPC em suas investigações e continuaremos a nos envolver com eles enquanto finalizam uma decisão”, disse um porta-voz da Meta.

Durante anos, as mídias sociais da Meta permitiram que os usuários optassem por não receber anúncios personalizados, que são direcionados após a coleta de dados sobre o comportamento e as escolhas do usuário em aplicativos e sites. Agora, a decisão da UE também pode prejudicar a capacidade da Meta de segmentar anúncios com base na atividade do usuário dentro de seus próprios aplicativos.

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O DPC não respondeu a um pedido de comentário da Reuters. Uma porta-voz do Conselho Europeu de Proteção de Dados, que representa os reguladores de privacidade da União Europeia, se recusou a fornecer detalhes sobre as decisões.

(Por Chavi Mehta)