Mesmo com imagem prejudicada, Eternit tem potencial para lidar com adversidades

Equipe de analistas da Planner comenta redução de dependência da companhia em produtos com uso de amianto

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em meio à ação judicial contra a Eternit (ETER3) e as suas consequências para a empresa, que culminou com os rumores de que a companhia teria que pagar R$ 1 bilhão em dados morais coletivos, os papéis da companhia vêm sofrendo fortemente na bolsa. No mês, os ativos ETER3 acumulam perdas de 11,78%.

Na véspera, a companhia rompeu o silêncio e divulgou que foi citada para uma ação civil pública, referente à uma reclamação de ex-funcionários de uma unidade fabril em Osasco. A Eternit entende que não há fundamento para a ação e que exercerá o seu direito de defesa. Contudo, o valor de R$ 1 bilhão mencionado no documento do MPT (Ministério Público do Trabalho) por supostos danos morais coletivos por expor funcionários acaba pesando sobre a empresa, conforme destaca a Planner Corretora.

A equipe de análise da corretora destaca que, mesmo que não tenha que indenizar os ex-funcionários, a recorrência destas ações judiciais prejudicam a imagem da companhia e chama novamente a atenção para o banimento do uso do produto no Brasil. 

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Por outro lado, a empresa vem buscando, nos últimos anos, reduzir a dependência de produtos de amianto em seu portfólio, prevendo chegar a 50% do faturamento com novos produtos em cinco anos. Neste cenário, a “disputa ainda terá novos desdobramentos, mas acreditamos no potencial da companhia de lidar com estas adversidades”, destaca a Planner.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.