Investidor que perdeu R$ 300 mil com PanAmericano ganha processo para reaver perdas

Segundo revista Veja, Anderson Albuquerque ganhou processo judicial após perder cerca de 40% do dinheiro aplicado; outros 2 processos estão em julgamento

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O investidor Anderson Albuquerque ganhou um processo judicial contra o banco Panamericano (BPNM4) há cerca de 2 meses, conforme destaca a revista Veja, representando uma decisão inédita e que pode mudar os rumos na história do mercado de capitais do Brasil.

Albuquerque pediu reparação de perdas de seus investimentos em ações da instituição financeira em R$ 300 mil, em meio à derrocada das ações após serem reveladas fraudes no balanço da companhia. 

Em 4 de novembro de 2010, o advogado aplicou R$ 700 mil em ações do banco Panamericano e viu seu investimento ser reduzido para R$ 406,34 mil menos de uma semana depois. 

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Isso porque, no dia 9 de novembro, após o fechamento da bolsa, foi divulgado que o banco sofreria intervenção do Banco Central, depois de verificado um rombo de R$ 2,5 bilhões, informação que depois foi corrigida para um rombo de R$ 4,5 bilhões. Albuquerque, que havia comprado 90,5 mil ações por R$ 7,74 reais cada, liquidou seu investimento quando o papel atingiu os R$ 4,50, uma queda de 41,86%. 

Com um prejuízo de quase R$ 300 mil, Albuquerque não se conformou com as perdas como riscos inerentes ao negócio e, conhecendo as regras do mercado, entrou com uma ação contra o banco pedindo, além do ressarcimento do dinheiro perdido, indenização por danos morais. Os outros dois processos – de lucro cessante e danos morais – ainda estão sendo julgados. 

Vale ressaltar que, em 2011, o BTG Pactual (BBTG11) adquiriu o controle do banco Panamericano e mudou o nome da instituição para Banco Pan, possibilitando assim o processo de reestruturação da companhia após a descoberta do enorme rombo que foi descoberto no balanço do banco. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.