“Ryanair é a Amazon de viagens”: a visão do Google sobre machine learning nos negócios

O machine learning vem sendo usado em diferentes segmentos a fim de aumentar a receita e compreender e conquistar o consumidor

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – A tecnologia faz parte do mundo dos negócios, independentemente do setor. O machine learning vem sendo usado em diferentes segmentos a fim de aumentar a receita e compreender e conquistar o consumidor.

O aprendizado das máquinas (e seu impacto nos modelos de negócios) foi o tema de um painel ministrado pelo presidente do Google Brasil, Fabio Coelho, pela Head de Insights & Analytics, Juliana Yamana, e pelo Head de Telecom, Marcel Bonzo, nesta quarta-feira (17) em São Paulo.  

Pela quantidade de informações com que os consumidores lidam todo dia, para uma empresa se destacar é necessário fazer algo a mais. Segundo Coelho, esse diferencial é focar na experiência do consumidor. E o machine learning pode ser um bom meio para fazer essa estratégia funcionar.

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A inovação virou dogma de modelos de negócios disruptivos que estão no topo hoje, incluindo Netflix, Amazon, o próprio Google, Didi Chuxing, entre tantas outras, que deixaram algum competidores tradicionais para trás.

Yamana mostra três impactos principais do machine learning e dos dados para o ambiente dos negócios, de acordo com uma análise feita pela equipe do Google.

O primeiro é o redesenho constante das linhas competitivas, ou seja, novos concorrentes surgem para além dos tradicionais; depois a criação e redefinição de novos mercados, porque a grande aceleração das inovações vão criar novos mercados a todo momento; e, por fim, novas formas de interagir com o consumidor, já que o consumidor é a chave para guiar e liderar essas transformações.

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“Ou seja, com novos modelos de negócios e novas tecnologias vindas do mercado e uma nova pressão em modelos tradicionais, novos competidores surgem e o ecossistema fica ainda mais indefinido”, afirmou Yamana.

Mas as empresas que conseguiram quebrar a barreira do mercado tradicional e estão fazendo sucesso trabalham com engajamento antes de pensar e ter clientes e receitas.

“Elas têm três características: percepção de valor, reconhecimento do cliente e proximidade do produto. E isso é muito importante porque as top 5 fontes de inovação de negócios, ou seja, o que mais impulsiona mudanças são: o consumidor, empregados, inteligência cognitiva, fornecedores e parceiros”, explica Bonzo.  

Veja a mudança de concorrentes, os tradicionais versus os considerados disruptivos:

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Ryanair e Didi são destaques de disrupção

Entre os exemplos de empresa disruptivas, Yamana citou a Ryanair, companhia aérea de baixo custo, como a “Amazon de viagens”.

“Quatro anos atrás o consumidor apenas conseguia reservar uma passagem na companhia aérea, se pretendia alugar um carro era direcionado para outro site. Agora, o site entrega tudo o que o consumidor precisa. Se tem uma família com dois filhos menores, oferece um SUV e com assentos infantis de brinde. A integração de serviços oferecidos é muito ampla”.

A partir da venda de passagens aéreas, a empresa dominou o varejo de viagens. A companhia aérea tem o site mais visitado do mundo no setor: são 600  milhões de visita por ano. Além de mais de 21 milhões de usuários ativos no aplicativo, mais de 30 produtos de viagem – e tudo sendo administrado por uma base de dados que acompanha a jornada do consumidor para oferecer os serviços e produtos de forma mais assertiva.  

Outro exemplo é a Didi Chuxing, chinesa de caronas compartilhadas dona da 99, que em 2018 fez por dia só na China o dobro de viagens que a Uber fez em todo o mundo.

“A empresa se tornou um conglomerado de caronas compartilhadas, inteligência artificial e tecnologia autônoma. Dos 7 mil funcionários, metade são engenheiros e cientistas de dados.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.