iFood cria fundo de R$ 50 milhões para restaurantes e injeta R$ 600 milhões em capital de giro

Pequenos estabelecimentos, os mais afetados pelo período de afastamento, são o foco

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – O iFood anunciou na noite de quarta-feira (18) que destinará R$ 50 milhões de sua receita para um fundo de assistência a restaurantes, focando em pequenos estabelecimentos, muito afetados pela pandemia de coronavírus. Também quer injetar R$ 600 milhões em capital de giro na economia por meio da antecipação de recebíveis para sete dias após a venda.

Entre as medidas, que serão detalhadas aos donos de restaurantes no dia 25 de março, está a devolução de taxas de serviço cobradas na modalidade “Pra Retirar”. Essa função visa transformar os salões em pontos de retirada, diminuindo a concentração de pessoas nos estabelecimentos.

“Além de receber de volta o valor do serviço, os restaurantes permanecem ainda como ponto de retirada de pedidos, o que mantém viva a atividade principal”, disse a empresa, em nota.

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Outra novidade será a ampliação da Entrega sem Contato para restaurantes. Hoje, clientes já conseguem solicitar que os pedidos cheguem em suas residências sem haver contato entre o entregador e o comprador. Os funcionários e proprietários de restaurantes passarão a ter também essa opção.

Na ponta do entregador, a companhia fez como a Uber e vai pagar os parceiros que precisarem ficar em isolamento por contração ou suspeita da Covid-19. O valor será equivalente à media dos repasses do entregador nos últimos 30 dias e será pago durante 14 dias.

“Neste momento de incertezas e dificuldades enfrentadas por todo o país, entendemos que somos agentes importantes para manter ativos e sustentáveis os negócios dos restaurantes que compõem o nosso ecossistema”, disse Fabricio Bloisi, presidente do iFood. “Para nós, é de extrema importância que sejamos parceiros desses estabelecimentos nos próximos meses para que, juntos, possamos atravessar este momento difícil”, complementou.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney