Magazine Luiza estreia entre as 30 marcas mais valiosas do Brasil; veja ranking

O relatório anual da Brand Finance mostra que o Itaú se mantem na liderança e o setor financeiro domina

Allan Gavioli

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – A Brand Finance, uma consultoria internacionalde avaliação de negócios, divulgou nesta quinta-feira (29) seu relatório anual com as marcas mais valiosas e as mais fortes do Brasil. 

Por mais um ano consecutivo, o Itaú é a marca mais valiosa do país, apesar de ter sofrido uma baixa de 15% frente o valor de 2018. Mesmo com a queda, o valor do banco foi estimado em US$ 6,8 bilhões pela consultoria.

Setor financeiro domina

A manutenção do Itaú como primeiro do pódio e a presença dos outros três maiores bancos do Brasil entre os cinco primeiros mostram que o setor financeiro domina o ranking. 

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Seguido do Itaú, vem o Bradesco, com um valor de US$ 6 bilhões e um de crescimento de 8% com relação ao ano anterior. O Banco do Brasil (US$ 4,3 bilhões e crescimento de 4%) e a Caixa Econômica Federal (US$ 4,2 bilhões e crescimento de 62%) aparecem como quarto e quinto colocados, respectivamente. Além de figurar no top 5 pela primeira vez, a Caixa foi a marca que mais cresceu no mercado brasileiro.

“Ao longo de 2019, os bancos brasileiros foram as marcas com o melhor desempenho. Essas instituições encontraram uma maneira de se manterem relativamente estáveis, mesmo em um cenário doméstico complexo como se encontra o do Brasil”, escreve David Haigh, CEO da Brand Finance, no relatório.

Entre as cinco primeiras, a unica que não é do setor financeiro é a Petrobras, em terceiro lugar. A marca da estatal, em 2019, foi avaliada com um valor de US$ 4,6 bilhões.

Lutando forte em meio à economia fraca

Mesmo que o cenário atual brasileiro seja desafiador, política e economicamente, uma série de marcas conseguiu aumentar seu valor consideravelmente.

Além de calcular o valor, a Brand Finance também determina a força relativa da marca, usando algumas métricas que analisam pontos como investimento em marketing, o patrimônio do publico-alvo e como a marca gerencia o impacto desses aspectos na performance do negócio.

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Seguindo esse critério, a Renner, rede de lojas de roupas e acessórios, é uma das maiores em questão de crescimento e lucratividade. Em 2019, a varejista aumentou em 20% seu valor de marca, chegando aos US$ 641 milhões.

Por lançar diversos empreendimentos tecnológicos que aprimoraram o envolvimento e a experiencia do cliente no varejo, conseguir um ótimo crescimento e manter o caráter de inovação, a Brand Finance avaliou a Renner como a marca mais forte do Brasil em 2019, atingido 91,8 pontos de 100. 

Estreias no ranking

O Magazine Luiza apareceu pela primeira vez no ranking, ocupando a 21ª posição, uma na frente da Renner. A companhia, que foi vencedora do ranking Melhores Empresas da Bolsa, realizado pelo InfoMoney em parceria com o Ibmec, teve suas ações valorizadas em quase 9.000% entre o inicio de 2016 e o fim de 2018.

É a segunda marca de varejo melhor colocada no ranking, ficando atrás apenas da Lojas Americanas, que ocupa a 16ª posição. O valor de marca do Magazine Luiza é de US$ 688 milhões.

Além do varejista, outras estreias foram o Banco do Nordeste, na 41ª posição, e a marca de pães Pullman, do Grupo Bimbo e as companhias aéreas Azul e Gol.

A Azul, considerada a maior companhia aérea do país em número de voos e cidades atendidas, ocupa a 27ª posição do estudo, estreando no ranking com um valor de US$ 466 milhões.

Já a Gol apareceu na 46ª posição, com um valor de marca de US$ 229 milhões, graças a investimentos em tecnologia e infraestrutura, além de importantes expansões nas suas tradicionais rotas de voo.

Confira as 30 marcas mais valiosas do Brasil:

Posição Marca Setor Valor de marca em 2019 (em milhões de US$) Valor de marca em 2018 (em milhões de US$) Alteração do valor
1 Itaú Bancário  6.809 8.011 – 15%
2 Bradesco Bancário  6.076 5.633 + 7,9%
3 Petrobras Petróleo e gás 4.642 5.110 – 9,2%
4 Banco do Brasil Bancário  4.322 4.163 + 3,8%
5 Caixa  Bancário  4.233 2.620 + 61,6%
6 Brahma Cerveja 3.637 3.715 – 2,1%
7 Skol Cerveja 3.426 3.317 + 3,3%
8 Vale Mineração 2.643 2.093 + 25,8%
9 Sadia Alimentos 2.035 2.764 – 26,4%
10 Vivo Telecomunicações 1.884 2.099 – 10,2%
11 Natura Cosméticos 1.434 1.096 + 30,8%
12 Fibria Engenharia e construção 1.223 1.175 + 4,1%
13 Derby Tabaco 1.222 943 + 30,8%
14 Antarctica Cerveja 1.192 1.123 + 6,2%
15 Embraer Aviação 1.033 1.000 + 3,2%
16 Americanas Varejo 1.002 960 + 4,3%
17 Braskem Química 835 745 + 12,1%
18 Oi Telecomunicação 796 977 – 18,5%
19 Marfrig Alimentos 765 635 + 20,4%
20 Ipiranga Gasolina 730 808 – 9,7%
21 Magazine Luiza Varejo 688
22 Renner Varejo 641 532 + 20,4%
23 Cielo Financeiro 591 1.267 – 53,4%
24 Nova Schin Cerveja 512 894 – 42,7%
25 Extra Varejo 472 419 + 12,6%
26 Sul America Seguros 471 628 – 25%
27 Azul Aviação 466
28 Porto Seguro Seguros 446 513 – 13,1%
29 Votorantim Engenharia e Construção 434 720 – 39,7%
30 Assaí Atacadista Varejo 381 266 + 43,3%

Para ver a versão gratuita do relatório, clique aqui.

Metodologia da avaliação

A metodologia para o cálculo do valor das marcas da Brand Finance parte da determinação do Valor Econômico Adicionado (Economic Value Added) da empresa para posteriormente identificar a parcela deste valor gerado pela marca.

Isso significa que a essa metodologia analisa as diferentes formas de influência da marca no desempenho da organização, de acordo com o impacto que exerce em consumidores (atuais e potenciais), funcionários, fornecedores e investidores.

Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.