Jovens adoram fintechs e estão insatisfeitos com bancos

Pesquisa do Google mostra o que você já devia saber: os bancos estão ficando para trás   

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – “Você pode até gostar de uma outra empresa. Mas começa a amar uma marca quando algo dá errado e, por isso as fintechs estão à frente dos bancos”, afirmou Guilherme Horn, responsável pela área de inovação digital da consultoria Accenture, em evento do Google, na última quarta-feira (28) em São Paulo.

Ele se refere a capacidade desse tipo de empresa de resolver os problemas trazidos pelos clientes. Ainda, explica que as maiores vantagens das fintechs são dois principais pontos: o atendimento e o pós-venda, itens em que os bancos, de maneira geral, não têm sucesso.

Em linha com o que Horn disse, uma pesquisa realizada pelo Google para entender a relação dos consumidores com a nova geração de produtos financeiros nos últimos anos, mostra, por exemplo, que do total de Millennials entrevistados 71% prefere ir ao dentista do que ter que ouvir uma mensagem do banco por telefone.

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O estudo contou com 800 consumidores e foi feito de maneira online entre 16 e 20 de novembro.

Outro dado é que 71% dos consumidores que usam serviços de fintechs estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o que está sendo oferecido, enquanto que para os bancos o número cai para 42%. Fuja dos bancos. Ganhe dinheiro e fique mais feliz: abra sua conta na XP – é de graça. 

A pesquisa traz a percepção que geralmente os bancos tentam oferecer menores taxas e as fintechs focam na experiência para o usuário. Além disso, 25% dos usuários estão decidindo com qual tipo de empresa querem fazer negócio por meio do YouTube. 

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Somos mais exigentes

O brasileiro tem um nível de exigência maior do que a média ao redor do mundo, quando se trata dos serviços oferecido digitalmente pelas empresas: no setor de bancos, por exemplo, a expectativa nacional é de 80%, enquanto a média mundial cai para 63%.

Na área de seguros, a expectativa é de 78% no Brasil e no mundo 64%. E no quesito investimentos mobile, nacionalmente é 84% e 73% ao redor do mundo.

Horn afirma que realmente o país ainda está muito atrás no desenvolvimento de fintechs quando comparado com EUA, Europa e Ásia, mas isso é uma boa notícia “Existe vantagem em estar atrás desses players: você tem a chance de aprender com os erros dos outros e é possível ter mais aprendizados. Precisamos saber usar isso”, diz.

Buscas no Google

Ainda, a pesquisa mostrou que as buscas no Google este ano apresentam resultados interessantes que favorecem a onda das fintechs e pelo serviço financeiro com cada vez mais qualidade, de acordo com Rafael Felippe, responsável pelos insights de marketing do Google.

No ano até novembro, a busca por câmbio no Google cresceu 44% devido a subida do dólar em 2018. Por investimentos a alta foi de 33%, devido a retomada do crescimento econômico e a expansão da presença das corretoras online. Faça parte disso. Abra sua conta na XP – é de graça. 

A pesquisa não especifica os termos procurados dentro desse universo. Mas por outro lado, a busca por bancos caiu 21%.

Para Felippe, as principais características das fintechs de sucesso são a criação de uma boa experiência para o usuário, a construção do valor para o consumidor e a rápida evolução – que acompanha de perto a concorrência.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.