10 indústrias que a Geração Y pode “matar” em breve

Esses são os modelos de negócios que a geração "Millennial" menos gosta

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Com hábitos mais elásticos, menor estabilidade financeira e novas prioridades, a Geração Y – formada por jovens a partir dos 22 até os 35 anos, aproximadamente – vem assustando algumas indústrias, principalmente nos Estados Unidos.

A partir de pesquisas com representantes dessa geração nos Estados Unidos, o Business Insider e analistas do Morgan Stanley descobriram quais são as indústrias “menos favoritas” dessas pessoas – e que devem ser mortas primeiro. Confira 10 delas, selecionadas pelo InfoMoney:

1.       “Refeições casuais”, como Applebee’s

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Redes de restaurantes como o Applebee’s, que servem alimentos “casuais” para jantares entre amigos, estão sofrendo efeitos das mudanças de hábitos alimentares dessa geração. A marca anunciou em agosto que fechará 135 restaurantes após tentativa frustrada de ganhar atenção desse público, se “esquecendo das raízes”.

2.       Imóveis

Jovens em idade de comprar um imóvel simples para iniciar famílias estão simplesmente pulando esse passo. Alugar – ou continuar vivendo com os pais – passou a ser a preferência até que haja estabilidade financeira suficiente para adquirir um imóvel maior.

Ao mesmo tempo, outras frentes de pesquisa mostram baixas recordes entre millennials proprietários de imóveis, o que ocorre devido a escolhas como adiar a chegada dos primeiros filhos.

3.       Cerveja

Entre 2006 e 2016, o mercado de grandes fabricantes de cervejas nos Estados Unidos perdeu uma fatia de 10% nas vendas para o de vinhos e destilados. Pode ser que essa tendência não se repita no mundo inteiro, mas analistas locais acreditam em uma mudança de hábitos. A geração está, inclusive, bebendo menos álcool no geral.

4.       Cereais

Uma pesquisa publicada em 2016 pelo NYT mostrou que jovens consideram cereais uma escolha inconveniente de café da manhã pela necessidade de lavar louça após comer. Isso faz com que se opte por itens com embalagens descartáveis ou para comer “on the go”, como iogurtes ou sanduíches.

5.       Motocicletas

Em julho, analistas rebaixaram as ações da Harley Davidson de “outperform” para “marketperform”, seguindo dados que mostram a menor adesão a esse meio de transporte pela Geração Y.

6.       Diamantes

Com menos interesse em casamentos tradicionais, os millennials deixam de comprar anéis e outros itens feitos com diamantes. As vendas dessas pedras preciosas diminuíram globalmente.

7.       Bancos físicos

Será cada vez mais raro que as pessoas visitem bancos com endereços físicos, graças à Geração que, além de conectada, não confia em instituições financeiras da mesma forma que seus familiares mais velhos. Cerca de 40% dos norte-americanos da faixa etária em questão não visitam bancos. Três quartos deles o fazem uma vez ao mês ou menos.

8.       Lojas de departamento

Macy’s, Zara, H&M e marcas semelhantes vêm fechando unidades em ritmos alarmantes nos últimos anos. Parte disso tem relação direta com a mudança nos hábitos de consumo de uma Geração que prefere alocar sua renda em “experiências”, como viagens ou restaurantes.

9.       Academias tradicionais

A Geração Y gosta de ir à academia, mas não da forma como fazem seus pais. Nos Estados Unidos, cresce a procura por estabelecimentos que permitem agendamento por diária, em vez da mensalidade tradicional. Academias focadas na classe média no país perderam cerca de 5% da frequência dos membros no último ano.

10.   Petróleo

Valores e crenças das novas gerações podem causar problemas para que as indústrias de combustíveis fósseis encontrem funcionários no futuro próximo. Cerca de 14% dessa geração se recusaria a trabalhar nessa área devido à conotação negativa atrelada a ela. Entre os adolescentes, o número sobe para dois terços do total.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney