Nova política do Yahoo! objetiva levantar o moral dos funcionários

Na semana passada, CEO do Yahoo! aboliu a política de home office

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – A decisão da CEO do Yahoo!, Marissa Mayer, de abolir a política de home office provocou um debate nos Estados Unidos sobre a flexibilidade no local de trabalho, inclusive, provocou a rejeição entre os funcionários da empresa. Mas, um artigo publicado no site do jornal The New York Times, esclarece a principal razão para tal iniciativa: levantar a moral no Yahoo! e dos próprios colaboradores.

Quando Marissa deixou o Google para liderar o Yahoo!, em julho do ano passado, ela se deparou com um mundo muito diferente do que estava acostumada – estacionamentos e andares inteiros vazios, porque alguns funcionários trabalhavam o mínimo possível para sair mais cedo.

Além disso, havia cerca de 200 pessoas cujos contratos permitiam que trabalhassem de casa. De acordo com o jornal, ainda que eles recebessem o contracheque no final do mês, alguns poucos trabalhavam para a empresa e até tinham começado a tocar suas próprias startups em paralelo, sem informar o Yahoo!.

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Esses problemas resultaram em algo maior na empresa. Quando Marissa proibiu o trabalho à distância não estava pensando em apenas solucionar esses casos, mas resolver problemas internos ainda maiores da companhia.

Segundo os funcionários, foi pintado o quadro de que a empresa seria formada por trabalhadores desorientados e de baixo ânimo, com uma burocracia inchada que fez com que o Yahoo! perdesse espaço  entre seus concorrentes.

“No mundo da tecnologia, dizer que você trabalhou para o Yahoo! pega mal”, disse um ex-funcionário. “Eu ouvi que ela quer fazer um Yahoo mais jovem e renovado”.

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Ações de incentivo
Inicialmente, a decisão de acabar com a política de home office irritou alguns funcionários que trabalhavam no regime e preocupou outros que cuidavam de seus filhos em casa durante o expediente. O chefe do departamento de Recursos Humanos da empresa, Jackie Reses, já comunicou aos profissionais que deverão comparecer ao escritório em junho deste ano.

Os funcionários disseram que, ao contrário dos executivos anteriores, que concentravam seus esforços para o aumento da moral exterior do Yahoo!, Marissa prioriza ações internas para motivar os empregados.

Entre elas, Mayer introduziu alimentos gratuitos, trocou os BlackBerrys dos empregados por iPhones e celulares Android e começou a realizar reuniões semanais com todos os colaboradores, momento em que todos podem falar abertamente sobre os assuntos da empresa.

Em respostas às ações de incentivo, uma pesquisa interna descobriu que 95% dos funcionários do Yahoo estão mais otimistas sobre o futuro, contra apenas 32% da pesquisa anterior.

Procurados pelo NYT, o Yahoo não quis comentar sobre o assunto.