Eternit supera queda de 5% após enfrentar nova ação por danos causados pelo amianto

Justiça do Trabalho determinou junção de duas ações civis públicas que pedem indenizações bilionárias à empresa por danos morais coletivos a ex-funcionários

Paula Barra

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SÃO PAULO – As ações da Eternit (ETER3) operam no vermelho nesta segunda-feira (14), pressionadas por uma nova ação ação civil pública por danos causados a ex-funcionários pelo uso de amianto. Às 10h31 (horário de Brasília), os papéis da empresa registravam perdas de 4,19%, a R$ 9,38 – próximo ao patamar mínimo do dia, de queda de 5,52%, a R$ 9,25. 

A Justiça do Trabalho em São Paulo determinou a junção de duas ações civis públicas que pedem indenizações bilionárias à Eternit por danos morais coletivos a ex-funcionários da fábrica de Osasco, na Grande São Paulo, cujas atividades foram encerradas em 1993.

Ao considerar que os danos decorrem do mesmo fato, a juíza Raquel Gabbai de Oliveira, da 9ª Vara do Trabalho de São Paulo, determinou, na segunda-feira passada, que a ação movida pela Abrea (Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto) seja juntada à ação ajuizada em agosto pelo Ministério Público do trabalho. O Ministério Público pede à Justiça que a empresa seja multada em R$ 1 bilhão por danos morais coletivos à saúde dos funcionários.

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Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na última sexta-feira, a empresa reforçou sua crença na Justiça brasileira e espera que sejam consideradas as evidências técnicas e científicas no julgamento destas ações, excluída a suscetibilidade a pressões de grupos desfavoráveis ao uso de amianto crisotila, apenas com base na malsucedida experiência europeia. A Justiça determinou a apresentação de ambas as defesas em audiência pública a ser realizada futuramente.