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SÃO PAULO – Em meio a um resultado do quarto trimestre negativo, as ações da Petrobras (PETR3, PETR4) figuraram entre as maiores quedas do Ibovespa. As ações PETR4 caíram 4,72%, valendo R$ 23,21, liderando as perdas do benchmark da bolsa, enquanto o Ibovespa perdeu 0,99%. Já os papéis PETR3 apresentaram baixa de 4,23%, cotadas à R$ 24,89, apresentando a segunda maior desvalorização do índice.
Para o analista Eduardo Machado, da Amaril Franklin, os motivos estão relacionados ao último resultado da empresa. “O guidance, ou a projeção de ganhos, para o ano que não é nada otimista, coisa que o mercado já vem mostrando. Além disso há o componente de análise técnica, pois logo após a divulgação do resultado o papel teve uma oscilação muito brusca e agora ele pode estar apontando alguma correção”, explica Machado.
Ainda segundo ele, o plano de negócios da empresa de longo prazo voltado para o pré-sal é bastante desafiador e a companhia vem encontrando bastante imprevistos pelo meio do caminho. “A Agência Internacional de Petróleo já vem dizendo inclusive que ela [Petrobras] dificilmente conseguirá cumprir as metas que ela pré estabeleceu no plano de negócios para o pré-sal. Todos estes são componentes que promovem o movimento da ação”, diz. Por fim, ele ressalta que a posse na véspera da nova presidente da estatal, Graça Foster, é um fator positivo em meio a este cenário.
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Ajuste
Na mesma linha está Leandro Martins, da Walpires Corretora, ao ponderar a ação vinha de um movimento de alta muito forte, atrelado ao resultado ruim e ao Ibovespa muito valorizado. “Estamos passando por um momento de correção, que gerou essa queda forte de sexta e de hoje. O balanço que saiu de quinta para sexta não foi nada bom, tanto que o papel desabou na sexta. Ontem, a ação recuperou junto com o mercado em geral, mas ainda há espaço para queda. Além disso o papel também pode estar passando por uma realização, tendo em vista as altas recentes”, detalha.
Seguindo a corrente do ajuste em busca de um movimento mais sustentado está o analista da BB Investimentos, Nataniel Cezimbra. Segundo ele, há dois drivers que impulsionarão o desempenho da empresa neste ano. “A meta de produção, que tem que ser mais ousada do que foi no ano passado e o plano de negócios para os próximos cinco anos, onde se espera algo mais voltado para as refinarias, que no ano passado pesaram no resultado”, conclui.
