Bradesco Corretora eleva preço-alvo das ações do BB para R$ 35

Resultados do banco no quarto trimestre foram melhores do que de seus pares; recomendação outperform foi mantida

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com o Banco do Brasil (BBAS3) mostrando crescimento superior aos seus concorrentes no quarto trimestre do ano passado, a Bradesco Corretora elevou seu preço-alvo para as ações do banco, de R$ 33,00 para R$ 35,00. Com a nova projeção, o potencial de valorização das ações passa para 22,38% em relação ao fechamento da última sexta-feira (2). A corretora manteve sua recomendação outperform (desempenho acima da média).

Segundo os analistas Carlos Firetti, Bruno Chemmer e Gustavo Lôbo, o BB foi quem apresentou os melhores resultados em relação aos seus pares no quarto trimestre de 2011, e a expectativa é de que isso se mantenha nos primeiros três meses de 2012, o que pode ser positivo para um ambiente de melhora na qualidade do crédito. Vale ressaltar que, no mesmo relatório, os analistas do Bradesco rebaixaram a recomendação das ações do Itaú Unibanco (ITUB4) e das units do Santander (SANB11).

Firetti, Chemmer e Lôbo sustentam o otimismo para o Banco do Brasil mesmo assumindo a necessidade de uma injeção de capital no valor de aproximadamente R$ 15 bilhões, que eles acreditam que o banco precisará fazer por volta de 2016 e 2017. “Mesmo assumindo esse aumento de capital, o banco ainda será negociado com um desconto de 22% em relação ao Itaú”, afirmam os analistas, levando em conta o múltiplo P/L (Preço/Lucro) estimado para 2013. 

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Embora eles mantenham essas projeções, a administração do Banco do Brasil acredita que a instituição financeira não precisará de nenhum aumento de capital este ano e 2013, e podem não ser necessários também em 2014. Contudo, na simulação do Bradesco para o Basiléia III, o BB realmente irá precisar de uma injeção de capital em 2017, quando o seu capital comum cai para o mínimo.

Projeções para 2012
O cenário de crescimento dos empréstimos da instituição financeira mostra-se dentro das perspectivas dos analistas do Bradesco, que esperam avanço de 18,5% este ano –  o guidance do BB é de avanço entre 17% a 21% para este ano.

Já os custos de financiamento do banco se mostraram melhores no quarto trimestre em relação ao anterior, mais ainda estavam mais altos que a média do setor. Entretanto, eles esperam que os custos de financiamento retornem para patamares regulares este ano.  

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Ademais, eles se mostraram mais conservadores com as linhas de crédito, com a intensificação da concorrência e menor taxa de juro nominal. Como resultado, os analistas reduziram suas estimativas para o lucro líquido do banco em 2012 e 2013 em 1,7% e 3,6%, respectivamente.