Amazon acerta empréstimo de US$8 bilhões em meio a ‘clima de incerteza’

A big tech não especificou como os recursos devem ser utilizados e afirmou que o dinheiro será usado para propósitos corporativos gerais

Equipe InfoMoney

Sala de treinamento para funcionários da Amazon (Foto: Divulgação)

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A Amazon ([ticker=AMZO34]) pediu um empréstimo de R$ 8 bilhões. A informação foi divulgada em um documento da SEC, a Comissão de Valores Imobiliários dos Estados Unidos nesta terça-feira (3).

Segundo o anúncio, a big tech chegou a um acordo com  financiadores para obter um empréstimo não garantido de US$ 8 bilhões que vencerá em 364 dias, mas poderá ser prorrogado por mais um ano.

A taxa de juros inicial aplicável ao empréstimo é uma taxa de juros interbancária garantida chamada Secured Overnight Financing Ratee, que, hoje, está no patamar de 4,3%. Também ficou acordado que será acrescida uma taxa fixa de 0.75%, que passará a ser de 1,05% caso a dívida seja prorrogada.

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Segundo o comunicado da companhia, os recursos serão usados para propósitos corporativos gerais. “Dado o ambiente macroeconômico incerto, nos últimos meses usamos diferentes opções de financiamento para apoiar investimentos, pagamento de dívidas, aquisições e necessidades de capital de giro”, disse a Amazon à Reuters.

Ainda de acordo com a agência, a varejista online tem se preparado para um crescimento provavelmente mais lento, já que a inflação crescente força empresas e consumidores a cortar gastos. Isso, juntamente com um forte dólar, derrubou as ações da Amazon em cerca de 50% em 2022.

A Amazon tinha cerca de US$ 35 bilhões em caixa e equivalentes de caixa e dívidas de longo prazo de cerca de US$ 59 bilhões no final do terceiro trimestre encerrado em 30 de setembro.

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Cortes e reestruturação

Em novembro de 2022, a companhia fundada por Jeff Bezos realizou uma série de demissões. Os cortes atingiram 10 mil empregos, incluindo nas divisões de varejo e de recursos humanos.

O anúncio confirmou uma mudança dramática na empresa conhecida por sua criação de empregos e reforçou as demissões recentes do setor de tecnologia.

O executivo da Amazon Dave Limp disse que a empresa decidiu ajustar equipes na unidade de dispositivos, que popularizou os alto-falantes que os consumidores comandam por meio da fala.

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“Continuamos a enfrentar um ambiente macroeconômico incomum e incerto”, disse ele. “Diante disso, trabalhamos nos últimos meses para priorizar ainda mais o que é mais importante para nossos clientes e negócios.”

(Com informações da Reuters)