Ação preferida dos amantes por dividendos está de cara nova na Bolsa

Após a efetivação de um processo de reorganização da AES Tietê com a Companhia Brasiliana de Energia, os papéis da dupla passarão a ser negociados com o código "TIET"

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A reorganização societária iniciada no ano passado envolvendo a AES Tietê e a Companhia Brasiliana de Energia provocou alteração no primeiro pregão do ano na Bovespa. Conforme informaram as empresas em comunicado enviado ao mercado na última segunda-feira (28), agora cada ação de emissão da AES Tietê (ordinária ou preferencial) será substituída por quatro novas ações preferenciais e uma ordinária de emissão da nova AES Tietê Energia S.A. Com isso, o código das units da nova companhia criada passaram a ser negociadas no nível II de governança corporativa da BM&FBovespa com o código “TIET”. As units TIET11 terminaram o dia em queda de 1,80%, cotadas a R$ 14,20.

A AES é uma das principais apostas dos investidores que gostam de boas pagadoras de dividendos na Bolsa, tendo em vista os montantes generosos repassados a quem aposta na companhia. Os papéis da empresa do setor elétrico figuram com frequência nas carteiras de recomendação de dividendos. No entanto, no mês passado, uma decisão curiosa chamou atenção do mercado. Ao contrário do que faz de costume, a companhia optou por não distribuir proventos aos acionistas neste trimestre, apesar de o balanço ter sido bem recebido pelos analistas que acompanham de perto o papel. Por mais que o clima seja de festa, com ao menos duas grandes casas de recomendação (Credit Suisse e Santander) sugerindo compra para os papéis, a diretriz da empresa naquele momento foi de maior precaução.

Surpreendentemente, naquela ocasião, o mercado compreendeu o adiamento dos dividendos e não respondeu o anúncio com sustos, embora o pagamento de proventos generosos seja uma das grandes marcas da AES Tietê. O bom pagamento de dividendos da AES ocorre por conta da pequena necessidade de investimentos que a empresa normalmente precisa fazer, tendo em vista o segmento no qual está inserida. Para o futuro, entretanto, a expectativa é de continuidade da política de boa distribuição de ganhos. De 2013 para cá, a empresa já distribuiu um montante total de R$ 10,69 aos detentores de papéis ordinários e preferenciais entre dividendos e juros sobre o capital próprio, segundo os dados oferecidos pela BM&FBovespa.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.