Ação ordinária da Usiminas volta a aparecer entre destaques de queda

Mercado corrige diferente frente ações USIM5, que, por sua vez, novamente figuraram entre os destaques positivos do Ibovespa

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SÃO PAULO – Após chegarem a cair 6,4% no intraday, as ações ordinárias da Usiminas (USIM3) amenizaram essa trajetória durante o dia, fechando esta sexta-feira (18) com queda de 1,27%, cotadas a R$ 26,47, após o grupo controlador da empresa, formado por Nippon Steel, Votorantim e Camargo Corrêa, ter anunciado a renovação do acordo de controle da companhia. Vale lembrar que na sessão anterior esses papéis já haviam recuado 4,25%.

Segundo o comunicado, a Usiminas alerta que o novo acordo não acontece por conta de uma possível alienação de controle da empresa, além de afirmar que não há mudanças significativas de sua atual estrutura de controle. Os acionistas controladores também mantiveram os respectivos percentuais de participação.

No sentido inverso, as ações PNA da siderúrgica mineira fecharam com forte alta de 3,6%, ficando cotadas a R$ 21,03, após já terem subido 3,36% na quinta-feira (17). Com isso, os papéis USIM5 acumularam na semana uma valorização de 10,39%, bem diferente das ações ON, que recuaram 2,32% entre os dias 14 e 18 de fevereiro.

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Gap pode diminuir ainda mais, diz Barclays
Segundo o analista Leonardo Correa, que assina o relatório do Barclays Capital, esse “gap” (diferença) entre as ações USIM3 e USIM5 deve diminuir ainda mais nos próximos pregões, tendo em vista a menor possibilidade da CSN (CSNA3) ingressar no controle acionário da siderúrgica. “Reiteramos nosso call de que é altamente improvável que a CSN consiga entrar no grupo de controle da Usiminas”, disse Correa, que recomenda aos investidores que elevem sua exposição nas ações preferenciais.

Nas últimas semanas, os papéis ordinários da Usiminas acumularam forte valorização, refletindo o aumento de 4,99% para 5,03% da participação da CSN no capital votante da Usiminas, enquanto que os papéis preferenciais classe A não acompanharam essa forte tendência. Com a confirmação de que o grupo controlador permanecerá a frente da companhia, esse gap diminuiu fortemente nos últimos dias, chegando a recuar em mais de 15 pontos percentuais, diz o analista do Barclays.

Movimento da CSN foi mal interpretado, diz SLW
Segundo Pedro Galdi, analista da SLW, a queda se dá em razão do afastamento da possibilidade de que a CSN integre o grupo de controle, especulação que ganhou força nas últimas semanas e contribuiu para uma valorização de 30,71% entre 26 de janeiro e 16 de fevereiro.

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Para ele, o mercado e principalmente aqueles que buscam ganhos através de especulação interpretaram de forma equivocada o aumento de participação da CSN, que passou de 5% e por isso teve que ser divulgado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por necessidade legal.

Galdi encara a ampliação de participação como uma simples operação de investimento em ações e não um sinal de intenções para tomada do controle acionário.