Ação contra Petrobras nos EUA coloca Graça, Gabrielli, Barbassa e PwC como réus

A ação cita ainda a presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como pessoas de interesse para o processo, mas não os indica como réus

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A queixa consolidada da ação coletiva registrada pelo escritório de advocacia da Pomeranz contra a Petrobras (PETR3;PETR4nos Estados Unidos (EUA) cita 15 pessoas como réus. Dentre elas, estão os ex-presidentes da companhia Maria das Graças Foster e José Sérgio Gabrielli, além da PwC, responsável pela auditoria dos balanços financeiros da estatal. 

A ação coletiva acusa a Petrobras, duas de suas subsidiárias internacionais e diversos executivos por promoverem um “esquema multibilionário de corrupção e lavagem de dinheiro, que durou vários anos e foi escondido dos seus investidores”. 

A ação foi aberta em nome de acionistas que compraram ADRs (American Depositary Receipts) da empresa em Nova York entre 22 de janeiro de 2010 e 19 de março deste ano. Também estão inclusos no período da ação aqueles que compraram título da dívida emitidos pela Petrobras International Finance Company e pela Petrobras International Finance B.V (PGF), durante este período. 

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A ação cita ainda a presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como pessoas de interesse para o processo, mas não os indica como réus.

Além de Graça Foster e Gabrielli, Almir Barbassa – que foi diretor financeiro da empresa entre 2005 e este ano – também é citado como réu.

Os réus do processo têm até o dia 17 de abril para se manifestar por meio de documento enviado à Corte sobre o processo consolidado enviado pelo USS. Em seguida, tanto o USS como os réus podem apresentar novos comentários. No dia 29 de maio, haverá uma audiência em Nova York às 15h (de Brasília) para as partes apresentarem seus “argumentos orais”. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.