Venezuela investigará oposicionista María Corina Machado por apoiar sanções dos EUA

María Corina será investigada por manifestar apoio a um projeto de lei aprovado esta semana pela Câmara dos Deputados dos EUA que impediria o governo americano de contratar empresa que faça negócio com o país

Equipe InfoMoney

Líder da oposição venezuelana María Corina Machado fala com jornalistas, em Caracas (Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters)
Líder da oposição venezuelana María Corina Machado fala com jornalistas, em Caracas (Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters)

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O governo da Venezuela anunciou, na sexta-feira (22), outra investigação contra a líder da oposição, María Corina Machado, procurando responsabilizá-la pelas sanções econômicas que os Estados Unidos e outras nações impuseram ao país sul-americano.

María Corina será investigada por manifestar apoio a um projeto de lei aprovado esta semana pela Câmara dos Deputados dos EUA que impediria o governo norte-americano de contratar qualquer empresa que faça negócios com o governo venezuelano. 

Em uma publicação no X (antigo Twitter), a líder da oposição afirmou que o projeto é um “passo crucial para a responsabilização do regime de Maduro”.

Um comunicado do Ministério Público da Venezuela anunciando a última investigação diz que os comentários de Machado “constituem a prática de crimes de traição”, conspiração com países estrangeiros e outros. O comunicado diz que a lei da Câmara dos Representantes dos EUA é uma tentativa de ampliar o catálogo de sanções contra a Venezuela.

O anúncio foi feito quatro dias depois de o governo dos Estados Unidos reconhecer o candidato da oposição Edmundo González como o “presidente eleito” da Venezuela. O ditador Nicolás Maduro afirmou ter vencido as eleições de julho, mas ele e o seu governo se recusaram a mostrar registros de votação que apoiassem a sua suposta vitória.

González deixou a Venezuela em setembro para se exilar na Espanha depois que um mandado de prisão foi emitido contra ele em conexão com uma investigação sobre a publicação dos relatórios de contagem de votos.

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O próximo mandato presidencial da Venezuela começa em 10 de janeiro.

(Com Estadão Conteúdo e agências internacionais)