Trump eleva tom sobre imigração ilegal: “EUA são lata de lixo para o mundo”

Trump já usou em outras oportunidade linguagem desumanizadora para descrever uma "invasão" de imigrantes sem documentos; ele pinta regularmente esses estrangeiros como “assassinos” e “pessoas de manicômios"

Equipe InfoMoney

Donald Trump durante campanha em Las Vegas - 24/10/2024 (Foto: Ronda Churchill/Reuters)
Donald Trump durante campanha em Las Vegas - 24/10/2024 (Foto: Ronda Churchill/Reuters)

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Faltando poucos dias para a eleição presidencial de 5 de novembro nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump subiu o tom contra a imigração ilegal no país. Na noite de quinta-feira (24), ele disse num comício em Tempe, no Arizona, que os EUA são hoje “como uma lata de lixo para o mundo”.

“Somos um depósito de lixo. Somos como uma lata de lixo para o mundo. Foi o que aconteceu. Toda vez que venho e falo sobre o que eles fizeram ao nosso país, fico com raiva”, continuou ele. “É a primeira vez que eu falo: ‘lata de lixo’. Mas sabe de uma coisa? É uma descrição muito precisa.”

A CNN lembra que Trump já usou em outras oportunidade linguagem desumanizadora para descrever imigrantes sem documentos desde sua campanha de 2016. Ele pinta regularmente esses imigrantes como “assassinos”, “pessoas de manicômios” e “perigosos”, enquanto enfatiza na campanha que há uma “invasão” ocorrendo nos EUA.

Nos comícios, ele tem prometido forte repressão à imigração se for reeleito, dizendo no início que quer deportar de 15 a 20 milhões de pessoas, bem mais do que as deportações de 1,5 milhão de imigrantes durante sua presidência.

Além disso, ele tem repetido alegações sem provas de que imigrantes haitianos estão comendo animais de estimação de residentes em Springfield, em Ohio.

No início deste mês, Trump sugeriu que os imigrantes indocumentados que cometem assassinato têm “genes ruins”.

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Durante uma entrevista na CNN na quarta-feira, a adversária democrata Kamala Harris reconheceu que “o sistema de imigração americano está quebrado”, mas argumentou que é necessário um acordo bipartidário do Congresso para mudar essa situação.

Harris rejeitou a acusação de que era branda com a segurança da fronteira e a imigração, dizendo que “as pessoas têm que merecê-la” para obter a cidadania americana e que ela queria “fortalecer nossa fronteira”.