Suprema Corte do México tem 1ª renuncia em protesto contra a reforma judicial

Após reforma que definiu votação popular para a escolha de magistrados, espera-se que oito dos 11 ministros da Corte devam anunciar sua renúncia; país pode enfrentar crise institucional

Reuters

Agentes de segurança se posicionam diante da entrada principal da Suprema Corte do México, na Cidade do México -19/08/2024 (Foto: Paola Garcia/Reuters)
Agentes de segurança se posicionam diante da entrada principal da Suprema Corte do México, na Cidade do México -19/08/2024 (Foto: Paola Garcia/Reuters)

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Cidade do México (Reuters) – O ministro da Suprema Corte do México Alfredo Gutiérrez renunciará ao tribunal no final de agosto de 2025, disse ele em carta nesta terça-feira (29), na primeira de várias renúncias esperadas após a aprovação de uma controversa reforma judicial.

A decisão aumenta ainda mais as tensões entre a Suprema Corte do México e o bloco governista, mantendo o risco de uma crise constitucional enquanto o Congresso e a Presidência permanecem em desacordo com o Judiciário sobre a reforma.

O México deverá escolher novos ministros da Suprema Corte em uma eleição em junho como parte da reforma, que reestrutura o Judiciário para nomear juízes por voto popular.

Os atuais ministros que não desejam participar da eleição devem anunciar suas renúncias até sexta-feira, disse uma fonte do tribunal à Reuters.

Oito dos 11 ministros da corte devem anunciar sua renúncia na terça-feira, disse o presidente do Senado, Gerardo Fernández Noroña, em coletiva de imprensa.

A Suprema Corte, composta por 11 membros, verá seu número reduzido para nove como parte da reforma e considera uma contestação sobre a constitucionalidade da reforma. Apenas três dos atuais ministros apoiaram publicamente a reforma.