Senado dos EUA segue a Câmara e aprova pacote de leis para evitar paralisação do governo

Congresso americano adotou solução provisória e escalonada e deverá retornar ao tema em janeiro e fevereiro

Estadão Conteúdo

(Crédito: Shutterstock)

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Após passar pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos na última terça-feira (14), o Senado americano também deu seu aval para um pacote de leis a fim de evitar a paralisação do governo (“shutdown”) na noite desta quarta-feira (15). “Sem ‘shutdown’ do governo, sem cortes em programas vitais”, disse o líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer. “Este é um grande resultado para o povo americano.”

No Senado, a proposta foi aprovada por 87 votos a 11, e agora o texto segue para assinatura do presidente Joe Biden, evitando o desligamento automático de algumas áreas e serviços do governo que poderia ocorrer a partir desta sexta-feira (17).

Na Câmara, a contagem foi mais apertada. O projeto de resolução foi aprovado por 336 votos a 95, com 209 democratas e 127 republicanos votando sim. Noventa e três republicanos e dois democratas votaram não.

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Muitos republicanos da Câmara estavam convencidos de que, caso houvesse paralisação do governo, eles seriam apontados como culpados. Os conservadores, em geral contrários à proposta agora aprovada, queriam avançar com o texto para não ameaçar o posto do novo presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, apenas três semanas após ele assumir.

O projeto provisório usa uma estrutura de prazo de duas etapas, apresentada por Johnson, mantendo parte do governo aberta até 19 de janeiro, enquanto o financiamento para os militares e alguns dos maiores programas domésticos do governo durará até 2 de fevereiro.

A ideia é escalonar os prazos de financiamento, que o Congresso notoriamente tem dificuldade em cumprir, para que os legisladores não fiquem presos a um enorme pacote de financiamento governamental de 12 projetos de lei.

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Assim, o financiamento do governo deve voltar a pauta em janeiro e fevereiro. E ainda não se sabe se os republicanos seguirão firmes em demandas em temas como aborto e imigração.

A legislação não inclui os US$ 105 bilhões em despesas de emergência solicitados pelo presidente Biden para financiar a guerra na Ucrânia, fornecer ajuda militar a Israel, bancar medidas de segurança para a região do Indo-Pacífico, e fornecer assistência humanitária à Ucrânia, Israel e Gaza e reforçar medidas de segurança ao longo da fronteira dos EUA com o México.

(Com Dow Jones Newswires)