Protesto na Argentina tem confusão e prisões, mas forte presença policial limita o ato

Manifestantes foram reprimidos quando tentaram bloquear as ruas da capital, mas protesto perdeu força na Praça de Maio

Roberto de Lira

Bandeira da Argentina
Bandeira da Argentina

Publicidade

A marcha contra o governo liderada pelo Polo Obrero, uma das organizações de “piqueteros” da Argentina, realmente ocorreu na tarde desta quarta-feira (20) em Buenos Aires como prometido. Mas apesar de algumas cenas de correrias, empurrões e lançamento de gás de pimenta por parte das forças policiais, o balanço geral está sendo considerado positivo. Ou seja, o governo conseguiu limitar as manifestações, como esperado.

O principal tumulto acontece logo no início do protesto, quando um grupo de manifestantes conseguiu bloquear completamente a Avenida Diagonal Norte, apesar da prática estar proibida estipulada pelo protocolo anti-piquetes anunciado na semana passada.

Na sequência, a Diagonal Sul foi tomada por setores de esquerda e organizações sociais,  bloqueando o trânsito, o que gerou alguns confrontos com as polícias federal e municipal próximo à Assembleia Legislativa de Buenos Aires. Duas pessoas foram presas, uma dela por supostamente ter esfaqueado um policial no braço.

Continua depois da publicidade

Após momentos de tensão, quando as tropas lançaram jatos de spray de pimenta, muitos dos manifestantes se dispersaram. Embora tenham ocorridos gritos, corridas e até algumas agressões, quando os primeiros “piqueteros” chegaram Praça de Maio, o clima relaxou.

Enquanto isso, o presidente Javier Milei e sua ministra da Segurança acompanhavam por câmeras as movimentações dentro do Departamento Central de Polícia, supervisionando toda a operação.

A conta do ministério postou uma foto da central de controle. Um assessor havia feito o mesmo mostrando Milei e Bullrich observando os protestos, mas essa imagem foi deletada.

Continua depois da publicidade

As lideranças dos protestos redigiram e leram um documento final após a marcha, criticando o governo de Javier Milei e o seu pacote de medidas econômicas.