Presidente Ebrahim Raisi será enterrado em cidade sagrada do Irã nesta 5ª feira

Corpo do presidente foi levado de avião para Mashhad, sua cidade natal, onde ele será sepultado no santuário Imam Reza, o local islâmico mais sagrado do Irã;

Reuters

Funeral do falecido presidente iraniano, Ebrahim Raisi, em Teerã - 22/05/2024 (Foto: Majid Asgaripour/West Asia News Agency via Reuters)

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Dubai (Reuters) – O falecido presidente do Irã, Ebrahim Raisi, será enterrado na cidade sagrada de Mashhad nesta quinta-feira (23), quatro dias após ter morrido em um acidente de helicóptero, junto do ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, e outras seis pessoas.

O caixão de Raisi foi levado de avião para Mashhad, no nordeste do Irã, depois que uma procissão fúnebre foi realizada para ele na manhã de quinta-feira na cidade de Birjand, no leste do país, onde milhares de pessoas prestaram suas homenagens enquanto seus restos mortais eram conduzidos pelas ruas em uma carreata.

Mais tarde, o avião que transportava o caixão de Raisi chegou a Mashhad, sua cidade natal, onde ele será sepultado no santuário Imam Reza, o local islâmico mais sagrado do Irã e reverenciado pelos muçulmanos xiitas como o local de descanso de Imam Ali al-Reza, do Século 9.

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Raisi era amplamente visto como candidato a sucessor do líder supremo Ali Khamenei, que detém o poder no Irã. Mohammad Mokhber, que ocupava o cargo de primeiro vice-presidente, está atuando como presidente interino até a eleição marcada para junho.

Oito pessoas morreram quando o helicóptero caiu em um terreno montanhoso perto da fronteira com o Azerbaijão.

Uma cerimônia foi realizada para homenagear Amirabdollahian no Ministério das Relações Exteriores em Teerã, onde o ministro interino das Relações Exteriores, Ali Bagheri Kani, descreveu-o como um mártir que “garantiu a natureza revolucionária do Ministério das Relações Exteriores”.

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Amirabdollahian será enterrado ao sul de Teerã no santuário Shah Abdolazim, um mausoléu onde estão enterrados políticos e artistas iranianos notáveis.

O Irã proclamou cinco dias de luto por Raisi, que adotou as políticas duras de seu mentor Khamenei, com o objetivo de consolidar o poder clerical, reprimir os oponentes e adotar uma postura agressiva em questões de política externa, como negociações com os Estados Unidos para reviver o pacto nuclear de 2015.

A eleição presidencial está marcada para 28 de junho.

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