Navio da China é suspeito de arrastar âncora por 160 km para cortar cabos no Báltico

A situação ameaça testar os limites do direito marítimo e aumentar as tensões entre Pequim e as capitais da Europa

Estadão Conteúdo

Âncora do navio chinês Yi Peng 3, no mar de Kattegat, perto da cidade de Grenaa, na Jutlândia, Dinamarca, em 20 de novembro de 2024. (Mikkel Berg Pedersen/Ritzau Scanpix/via REUTERS)
Âncora do navio chinês Yi Peng 3, no mar de Kattegat, perto da cidade de Grenaa, na Jutlândia, Dinamarca, em 20 de novembro de 2024. (Mikkel Berg Pedersen/Ritzau Scanpix/via REUTERS)

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Um navio comercial da China, nomeado Yi Peng 3, que carregava fertilizantes da Rússia, está sendo investigado por sabotagem após arrastar sua âncora pelo leito marinho do Mar Báltico por mais de 160 quilômetros.

A ação fez com que dois cabos submarinos de dados fossem cortados em águas suecas na semana passada. A situação ameaça testar os limites do direito marítimo e aumentar as tensões entre Pequim e as capitais da Europa.

A investigação se concentra em determinar se o capitão do navio, que partiu de um porto na Rússia, foi induzido pela inteligência do próprio país a realizar essa manobra. Se confirmado, esse seria o mais recente ataque russo em uma série de ações contra a infraestrutura da Europa.

Um alto investigador europeu envolvido no caso afirmou que é “extremamente improvável” que o capitão não tenha notado que o navio se soltou e arrastou a âncora.

O proprietário chinês do navio, Ningbo Yipeng Shipping, está cooperando com a investigação e permitiu que o navio fosse parado em águas internacionais. No entanto, a empresa se recusou a comentar sobre o caso.

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