Maduro forma comissão para criar lei contra o ‘neofascismo’  na Venezuela

Segundo a vice-presidente Delcy Rodríguez, Maduro quer combater “toda expressão neofascista no exercício da política e da vida nacional”; inscrições para eleição presidencial terminam hoje

Roberto de Lira

Publicidade

Em meio a denúncias de cerceamento à oposição no processo eleitoral da Venezuela marcado para este ano, o presidente Nicolás Maduro decidiu criar uma alta comissão de Estado contra o fascismo e o neofascismo, que se encarregará de preparar um projeto de lei a ser apresentado à Assembleia Nacional (AN).

A informação foi relatada neste domingo (24) pela vice-presidente Delcy Rodríguez, por meio de meio de sua conta na rede social X. Segundo ela, o projeto vai combater “toda expressão neofascista no exercício da política e da vida nacional”.

Segundo Delcy, a comissão foi criada em resposta aos atos de violência que o país viveu nos anos de 2014, 2015 e 2017, bem como pelas “graves consequências para a economia, soberania e integridade territorial do país comprometidas por fatores extremistas que tomaram conta do parlamento venezuelano (…) para despojar a Venezuela dos seus recursos e criar desestabilização interna.”

Planilha Gratuita

Fuja dos ativos que rendem menos com essa ferramenta gratuita

Baixe a Calculadora de Renda Fixa do InfoMoney e compare a rentabilidade dos ativos

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Ela também afirmou que a ação também está sendo realizada considerando a situação do mundo, que vê a sua paz e estabilidade ameaçadas por expressões neofascistas “apodrecendo em centros de poder ao serviço do norte global”.  “Na Venezuela, nem o fascismo nem o neonazismo passarão!”, declarou.

Campanha presidencial

Enquanto isso, Maduro se prepara para fazer a inscrição oficial de seu nome para a disputa presidencial marcada para 28 de julho.

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e vários movimentos sociais vão marchar junto com Maduro nesta segunda-feira (25) rumo à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para acompanhar o registo de Maduro como candidato à reeleição.

Continua depois da publicidade

Caso seja reeleito para mais quatro anos de mandato, Maduro ficar no poder 18 anos, quatro a mais que seu padrinho político, Hugo Chávez.

Sem poder inscrever sua principal candidata, María Corina Machado, que venceu as prévias em 2023, a oposição a Maduro inscreveu quatro nomes para a disputa neste domingo: o pastor evangélico Javier Bertucci, o humorista Benjamín Rausseo, o líder político Claudio Fermín e o nacionalista Luis Ratti.

Na semana passada, María Corina lançou o nome da historiadora Corina Yoris como sua sucessora para enfrentar o presidente Nicolás Maduro. A data final de inscrições expira nesta segunda-feira.