Kamala vai discursar no mesmo local onde Trump instigou apoiadores em janeiro de 2021

Candidata democrata tentará estabelecer um contraste com seu oponente republicano; ex-presidente pediu em 2021 a apoiadores para "lutar como o inferno" e para marcharem até o Capítólio

Reuters

A ex-candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, em Michigan - 28/10/2024 (Foto: Evelyn Hockstein/Reuters)
A ex-candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, em Michigan - 28/10/2024 (Foto: Evelyn Hockstein/Reuters)

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(Reuters) – A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fará o primeiro discurso da última semana de sua campanha presidencial nesta terça-feira (29) em Washington, no mesmo local onde o então presidente Donald Trump discursou em 6 de janeiro de 2021 para apoiadores que atacaram o Capitólio norte-americano.

Kamala, a candidata democrata à Presidência, tentará estabelecer um contraste com seu oponente republicano uma semana antes da eleição de 5 de novembro, uma disputa que, segundo as pesquisas de opinião, continua acirrada.

Espera-se que o evento noturno atraia milhares de pessoas para o Ellipse, um parque próximo à Casa Branca onde, após perder em 2020, Trump disse aos apoiadores para “lutar como o inferno” e marchar pela Pennsylvania Avenue até o Capitólio, onde o Congresso se reunia para ratificar o resultado da eleição.

Durante o discurso, Kamala pedirá aos norte-americanos que “virem a página” de Trump, ao mesmo tempo em que enfatizará seus planos para reduzir os custos e fazer a economia funcionar para a classe média, disse um funcionário graduado de sua campanha.

O local do comício, com a Casa Branca ao fundo, simboliza tanto o bem que um presidente pode fazer para unir o país e fazer as coisas acontecerem quanto o momento em que um presidente, focado apenas em si mesmo, incitou uma multidão violenta para tentar se colocar acima do país, disse o funcionário.

Em uma pesquisa Reuters/Ipsos publicada na semana passada, Kamala tinha uma vantagem marginal de 46% a 43% sobre Trump.

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Ao longo de sua campanha, ela tem tentado mostrar Trump como uma ameaça à democracia que infringirá os direitos dos norte-americanos, inclusive os direitos reprodutivos das mulheres.

Por sua vez, Trump tem procurado vincular Kamala à maneira como o presidente Joe Biden tem lidado com a imigração e a economia.

A economia norte-americana tem superado o desempenho do resto do mundo desenvolvido desde a crise da Covid-19, e os mercados de ações atingiram máximas recordes este ano. No entanto, os preços altos de alimentos, serviços públicos e moradia têm afetado os eleitores, que acreditam que a economia está indo na direção errada.

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Trump na Flórida e Pensilvânia

Nesta terça-feira, Trump lançará a última semana de sua campanha com comentários em sua residência em Mar-a-Lago.

Mais tarde, ele visitará uma cidade fortemente hispânica na Pensilvânia, dois dias depois que seu comício no Madison Square Garden, em Nova York, foi criticado por conta de comentários vulgares e racistas de um aliado sobre latinos e porto-riquenhos.

Kamala passou a última semana se apresentando com celebridades de alto nível para tentar atrair eleitores para as urnas. Ela realizou um comício com Bruce Springsteen, em Atlanta, na quinta-feira, e com Beyoncé, em Houston, na sexta-feira.