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JERUSALÉM (Reuters) – Soldados israelenses capturaram cerca de 100 supostos militantes do Hamas durante uma incursão no hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, disseram as Forças Armadas nesta segunda-feira (28).
Autoridades de saúde de Gaza e o Hamas negaram qualquer presença de militantes no hospital, que as forças israelenses invadiram na sexta-feira (25) e deixaram no sábado.
“Os soldados prenderam aproximadamente 100 terroristas do complexo, incluindo terroristas que tentaram escapar durante a retirada de civis. Dentro do hospital, eles encontraram armas, recursos do terrorismo e documentos de inteligência”, disseram os militares.
O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que as tropas detiveram dezenas de funcionários médicos do sexo masculino e danificaram o hospital, que já estava com dificuldades para funcionar devido aos fortes ataques israelenses na área.
“Alguns dos terroristas totalmente identificados se disfarçaram de equipe médica, então não tivemos outra alternativa a não ser verificar a equipe médica também”, disse um oficial militar a jornalistas em um briefing online.
Imagens divulgadas pelo Ministério da Saúde de Gaza no sábado – que a Reuters não pôde verificar imediatamente – mostraram danos a vários edifícios após a retirada das forças israelenses.
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O oficial militar disse que as tropas causaram danos limitados ao hospital quando entraram nele e que os soldados também tiveram que destruir o que ele descreveu como equipamento de “uso duplo”, como tanques de oxigênio, que, se detonados, poderiam ter prejudicado qualquer pessoa no complexo.
A equipe médica se recusou a sair do hospital ou a deixar seus pacientes sem atendimento. Centenas de palestinos deslocados também estavam abrigados no local.
“Eles evacuaram todos os que estavam abrigados aqui… Separaram os homens das mulheres e fizeram duas filas, o que foi muito humilhante para nossos homens, pois eles os levaram sem roupas e sem nada para se cobrir”, declarou Mayssoun Alian, da enfermagem do hospital.
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O oficial militar disse que os homens suspeitos de pertencerem ao Hamas que foram presos foram despidos para verificar se tinham armas. “Depois de verificá-los, nós lhes fornecemos roupas”, afirmou ele.
Médicos de Gaza disseram que pelo menos duas crianças morreram dentro da unidade de terapia intensiva depois que os disparos israelenses atingiram os geradores e a estação de oxigênio da unidade na sexta-feira.
Os militares disseram que os civis no hospital foram mantidos em segurança, apesar dos fortes combates perto do complexo. Combustível, equipamentos médicos e unidades de sangue foram fornecidos ao hospital e o fornecimento de eletricidade e oxigênio foi assegurado, segundo eles.
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(Reportagem de Maayan Lubell)