Harris pede apoio da indústria e Trump apela para religião em novos atos de campanha

Com a eleição marcada para 5 de novembro, a corrida entre Kamala Harris e Donald Trump se intensifica, e ambos ajustam suas agendas para alcançar eleitores-chave

Estadão Conteúdo

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A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata à Presidência, Kamala Harris, visitou uma fábrica de semicondutores em Michigan e destacou a importância de investir em inovação e infraestrutura, defendendo o uso de recursos do setor público para impulsionar parcerias com a indústria privada. A empresa recebeu recentemente um financiamento de até US$ 325 milhões através da Lei de Chips e Ciência, legislação que, segundo sua equipe de campanha, foi criticada pelo ex-presidente Donald Trump, mas que Harris ajudou a aprovar.

Simultaneamente, Harris e sua equipe têm buscado responder às preocupações dos eleitores sobre o aumento dos preços, tema que atinge diretamente os consumidores. Para aliviar o impacto da inflação, ela tem apresentado propostas de políticas voltadas para a redução dos preços e para soluções na crise habitacional, destacando a abordagem de sua liderança em relação a Trump, que, segundo ela, busca principalmente “vingança contra seus inimigos”.

Em paralelo, Donald Trump intensificou sua campanha no sul dos Estados Unidos, com uma visita recente ao Estado da Geórgia. Em um encontro do Conselho Consultivo Nacional da Fé, o ex-presidente apelou diretamente ao eleitorado religioso, acusando o governo atual de “tentar impedir” a prática religiosa e outras tradições conservadoras. “Este é um país que precisa de religião”, afirmou Trump, enfatizando uma retórica de defesa da liberdade religiosa e da moral cristã como base para sua campanha.

Apesar de sua popularidade entre grupos religiosos, Trump enfrenta pressões internas, especialmente após um comício em Nova York onde um comediante associado ao evento fez uma piada ofensiva sobre Porto Rico. A declaração gerou reação de figuras públicas latinas e foi criticada por políticos de diferentes partidos, forçando sua campanha a se distanciar do comentário, afirmando que ele “não reflete as opiniões” de Trump.

Com a eleição marcada para 5 de novembro, a corrida entre Kamala Harris e Donald Trump se intensifica, e ambos ajustam suas agendas para alcançar eleitores-chave. Cerca de 46 milhões de americanos já votaram, incluindo aproximadamente 2,8 milhões na Geórgia e 1,9 milhão em Michigan, refletindo a importância desses estados na decisão final. Kamala, ao lado do governador de Minnesota, Tim Walz, se preparava para um comício em Ann Arbor, Michigan, onde a cantora Maggie Rogers também se apresentaria, reforçando sua estratégia de engajamento com públicos locais.