EUA incentivam China a participar de encontro de paz sobre a Ucrânia

Kiev afirma que mais de 100 países aceitaram seu convite para o encontro, que deve debater as premissas de um plano de paz desenhado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy

Reuters

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Os Estados Unidos incentivam a China a participar de um encontro de cúpula sobre a Ucrânia, a ser realizado neste mês na Suíça, disse nesta quinta-feira (6) um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, com a China já tendo afirmado que não participará pelo fato de a Rússia não ter sido convidada.

Kiev afirma que mais de 100 países aceitaram seu convite para o encontro, que deve debater as premissas de um plano de paz desenhado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, para encerrar a invasão russa, que começou em fevereiro de 2022.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy – 16/5/2024 (Divulgação via Reuters)

Os russos, com quem a China tem laços próximos, não foram convidados para as reuniões de 15 e 16 de junho. Pequim tem dito que não irá, descrevendo a participação de ambos os lados do conflito como uma precondição para qualquer conferência de paz relevante.

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“Nós certamente incentivamos a China a participar daquele encontro. Eles participaram de versões anteriores dele. Consideramos útil a presença deles. Acho que também seria útil aqui”, afirmou um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

Ele também disse que a China deveria punir empresas que Washington afirma estarem ajudando a base industrial da Defesa russa, o que ele classificou como “ainda mais útil”. Moscou ridicularizou a ideia de um encontro, dizendo que, sem a sua participação, ele não faz sentido. A Ucrânia acusou a Rússia de tentar prejudicar o evento.

Os EUA disseram no passado que Washington e a União Europeia devem enviar uma mensagem à China de que suas companhias enfrentarão uma escolha entre fazer negócios com as economias norte-americana e europeia ou equipar a Rússia com bens de uso duplo.

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O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, intensificou sua retórica sobre o apoio da China à Rússia, e emitiu uma ordem executiva, em dezembro, ameaçando impor sanções contra instituições financeiras que ajudem Moscou a driblar as sanções do Ocidente.